Feminicídio em Maricá: filho, de apenas 9 anos, correu em busca de ajuda para socorrer a mãe

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Casal estava junto há cerca de três anos

min de leitura | Escrito por Redação | 17 de setembro de 2025 – 12:06
A vítima foi levada ao hospital, mas não resistiu ao ferimento na nuca

A vítima foi levada ao hospital, mas não resistiu ao ferimento na nuca –

O sargento da Polícia Militar Renato César Guimarães Pinna, preso em flagrante acusado de matar a companheira Shayene Araújo, de 27 anos, nesta terça-feira (16), em Maricá, já havia atirado na direção dela em outras ocasiões, segundo as investigações da Polícia Civil. Além disso, o militar tinha um histórico de agressões contra a jovem que, por medo, nunca denunciou o companheiro. Eles estavam juntos há cerca de três anos.

Na manhã do crime, o casal discutiu. Vizinhos relataram que apenas a voz do policial era ouvida, com gritos e palavrões. Minutos depois, houve um disparo, e foi o filho de Shayene, de apenas 9 anos, quem, sujo de sangue, correu para a rua em busca de ajuda para socorrer a mãe. A vítima foi levada ao hospital, mas não resistiu ao ferimento na nuca.

Inicialmente, segundo a Polícia Civil, o caso seria registrado como acidente. No entanto, após a Divisão de Homicídios (DH) ser acionada, agentes identificaram divergências no relato do policial, que chegou a afirmar estar na sala com as crianças, um bebê de 7 meses, filho do casal, e o menino de 9 anos, filho de Shayene, quando a mulher teria ido ao quarto pegar a arma do PM, a pedido dele. Nesse momento, ainda de acordo com a versão do sargento, ele teria ouvido o disparo.

A narrativa, no entanto, não foi apresentada oficialmente, e o policial permaneceu em silêncio na presença do advogado. Com auxílio da perícia, agentes da DH reuniram indícios suficientes para prendê-lo em flagrante por feminicídio. As investigações apontam ainda que o casal mantinha uma relação conturbada, marcada por agressões físicas, e que Renato já havia atirado contra a jovem em outra ocasião. Naquele episódio, porém, o disparo não a atingiu.

O policial era lotado no 12º BPM (Niterói) e foi encaminhado ao Batalhão Especial Prisional (BEP) ainda na noite de terça-feira.

Até o fim da manhã desta quarta-feira (17), o corpo de Shayene permanecia no Instituto Médico Legal (IML) do Barreto, em Niterói. A família ainda não divulgou o horário do enterro da jovem.


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Com informações da fonte
https://www.osaogoncalo.com.br/seguranca-publica/159204/feminicidio-em-marica-filho-de-apenas-9-anos-correu-em-busca-de-ajuda-para-socorrer-a-mae

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