O Vasco se classificou para fazer a final da Copa do Brasil pela terceira vez em sua história, com oito tentativas frustradas, e decidirá com o Corinthians o título que pode salvar o ano marcado por angústia e sofrimento. O time de Fernando Diniz perdeu por 1 a 0, no tempo normal, o jogo de volta das semifinais com o Fluminense, no Maracanã, gol contra do lateral Paulo Henrique, mas conseguiu a vaga na disputa de pênaltis, com um 4 a 3 igualmente angustiante para os vascaínos.
Não fez uma grande partida, é verdade, mas também não merecia ser eliminado. Nos 180 minutos do duelo, produziu mais e melhor e do que o Fluminense de Luís Zubeldia. E nos 90 minutos finais, jogados na noite deste domingo (14), mesmo derrotado, teve mais posse de bola, mais finalizações (e também as mais perigosas!), e só não obteve a vaga no tempo normal porque o goleiro Fábio evitou com defesas difíceis e arrojadas. Os dois times, extenuados, terminarem a partida aos frangalhos.
Leo Jardim foi o grande nome da disputa de pênaltis entre Vasco e Fluminense, pela semifinal da Copa do Brasil
Guito Moreto
Mesmo sendo o Vasco o justo e merecido vencedor do playoff semifinal do torneio, é preciso dizer que o Fluminense virou seu próprio jogo. O time que caiu de produção com Renato Gaúcho, após ter feito a melhor campanha brasileira no Mundial de Clubes da Fifa, e reencontrou a competitividade nas mãos de seu primeiro técnico estrangeiro em mais de 20 anos. Esteve perto de decidir o título com menos de três meses de trabalho – tempo bastante para levar o clube à fase de grupos da Libertadores.
A final com Corinthians terá várias camadas a serem exploradas. Da importância de um título nacional para um Vasco que, em recuperação judicial, tenta se livrar do jejum de nove anos sem conquistas, à coroação de um treinador extremamente autoral, com convicções questionáveis. Passando, é claro, pelo histórico de derrotas para o adversário paulista, algumas delas imerecidas, outras polêmicas, como a que deu ao Corinthians (nos pênaltis) o título do primeiro Mundial da Fifa, em 2000.
Edmundo perdeu o pênalti que deu o Miundial de 2000 ao Corinthians
Reprodução
Nos últimos 25 jogos entre os dois, , desde 2010, o Vasco tem uma vitória no confronto – 2 a 0 no Brasileiro de 2024. E não é só: o clube paulista já eliminou o Vasco nas semifinais das edições de 1995 (0 a 1 no Rio e 5 a 0 em São Paulo) e 2009 (1 a 1 no Rio e 0 a 0 em São Paulo); venceu (nos pênaltis) a final do Mundial de 2000; e eliminou os vascaínos nas quartas da Libertadores de 2012 (0 a 0 no Rio e 1 a 0 em São Paulo). É, portanto, um adversário indigesto em torneios eliminatórios.
Serão confrontos de ida e volta (o primeiro nesta quarta-feira, em São Paulo) entre os dois últimos antecessores de Carlo Ancelotti na seleção brasileira – jogos, por certo, de muita emoção. Dois clubes de massa, unidos pela peculiaridade de problemas financeiros e administrativos, e que desde já garantem os R$ 33 milhões pagos ao semifinalista. O Corinthians de Dorival Júnior tem elenco mais robusto. Mas quem ousa dizer que o Vasco da massa sedenta e apaixonada não pode superar isso?
Não faltam candidatos a herói…
Com informações da fonte
https://extra.globo.com/blogs/gilmar-ferreira/post/2025/12/vasco-chega-a-sua-terceira-final-da-copa-do-brasil-agora-tera-de-superar-trauma-de-derrotas-para-o-corinthians.ghtml
Vasco chega à sua terceira final da Copa do Brasil. Agora terá de superar trauma de derrotas para o Corinthians

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