Principal suspeito pelo desaparecimento de Madeleine McCann, o alemão Christian Brueckner se recusou a prestar declarações à polícia britânica antes de sua iminente libertação de uma prisão na Alemanha, onde cumpre pena por outros crimes graves.
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Madeleine McCann, então com 3 anos, desapareceu em 3 de maio de 2007 enquanto estava de férias com a família em Praia da Luz, no Algarve, em Portugal. O caso teve repercussão mundial, mas até hoje a menina não foi encontrada.
Brueckner, de 49 anos, morava no Algarve na época do desaparecimento. Em 2020, autoridades britânicas e alemãs o apontaram como principal suspeito. A polícia alemã chegou a declarar que Madeleine provavelmente está morta, embora ele nunca tenha sido formalmente acusado pelo caso.
O criminoso cumpre atualmente pena na Alemanha por estupro de uma mulher de 72 anos no Algarve, abuso infantil e tráfico de drogas, mas sua libertação está prevista para este mês. Antes da soltura, em junho de 2023, polícias portuguesa e alemã realizaram buscas no Algarve por quatro dias em busca de novas provas.
A Polícia Metropolitana de Londres reafirmou que Brueckner continua sendo o principal suspeito do desaparecimento de Madeleine e informou que seguirá investigando todas as pistas possíveis, apesar da recusa do suspeito em colaborar.
‘Outros crimes sexuais são esperados’
Promotores do caso acreditam que Brueckner matou a menina de três anos em um resort português em um caso de desaparecimento que repercutiu em todo o mundo e continua sem solução. O temor das autoridades é de que, caso seja solto, ele fuja do país.
O promotor-chefe do caso, Christian Wolters, disse à AFP que acredita que o homem a quem as autoridades alemãs se referem como Christian B. continua sendo “fundamentalmente perigoso”. Um especialista psiquiátrico que o avaliou recentemente concluiu que “outros crimes sexuais são esperados”.
— Ele não passou por nenhuma terapia ou tratamento similar na prisão, o que significa que, do nosso ponto de vista, devemos presumir que ele reincidirá — disse Wolters.
Os promotores impuseram condições para a libertação de Brueckner, como usar uma tornozeleira eletrônica e informar onde ele mora. Mas mesmo que sejam concedidas, ele será “basicamente um homem livre”, disse Wolters.
— Presumo que ele deixará a Alemanha. Por conta de toda a repercussão da mídia, para não ter que enfrentar isso o tempo todo — disse Wolters.