Polícia prende quatro suspeitos de usarem deepfake de Gisele Bündchen para lucrar R$ 20 milhões em golpes

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Gisele Bündchen denuncia uso de deepfakes com sua imagem para aplicar golpes — Foto: Reprodução/Instagram


A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta quarta-feira, a Operação “Modo Selva”, que visa a combater uma organização criminosa que movimentou mais de R$ 20 milhões em golpes aplicados com o uso de deepfakes. O esquema de fraudes ocorre com o uso de inteligência artificial para produzir vídeos falsos de famosos, como a modelo brasileira Gisele Bündchen. Segundo a polícia, o grupo induzia as vítimas a adquirirem produtos pagando apenas o frete.

A operação de combate à lavagem de dinheiro e a estelionatos virtuais cumpre 26 mandados judiciais, sendo sete de prisão e nove de busca e apreensão, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco, São Paulo e Bahia. Quatro pessoas foram presas em Canoas (RS) e no estado de São Paulo, em Piracicaba e Hortolândia.

Operação “Modo Selva”, deflagrada nesta quarta-feira — Foto: Divulgação/PCRS

Em agosto deste ano, Gisele utilizou as redes sociais para denunciar o uso indevido de sua imagem com inteligência artificial. À época, a modelo mostrou um conteúdo patrocinado, que na verdade era falso, e alertou seus seguidores.

“Tem várias contas fazendo anúncio falso com a minha imagem e voz manipulada pela inteligência artificial. Cuidado para não ser vítima de fraude. Denuncie!”, escreveu.

Gisele Bündchen denuncia uso de deepfakes com sua imagem para aplicar golpes — Foto: Reprodução/Instagram
Gisele Bündchen denuncia uso de deepfakes com sua imagem para aplicar golpes — Foto: Reprodução/Instagram

A operação teve início quando uma vítima procurou a polícia após ser vítima de um golpe, no valor de apenas R$ 44,57, ao adquirir um “kit antirrugas grátis” em uma campanha publicitária. Segundo as investigações, os suspeitos utilizavam os nomes de grandes marcas nacionais para cometer os crimes, e o conteúdo era divulgado em perfis falsos nas redes sociais.

“O que chamou a atenção dos investigadores não foi apenas o valor relativamente baixo do prejuízo, mas a sofisticação técnica por trás do golpe. Os criminosos haviam criado um vídeo com “deepfake” da imagem e voz de Gisele Bündchen, fazendo parecer que a modelo estava realmente promovendo o produto inexistente”, diz a polícia.

Além de Gisele Bündchen, também foram encontrados materiais fraudulentos usando a imagem das artistas Angélica Huck, Juliette, Maísa e Sabrina Sato. As pessoas interessadas nos produtos eram encaminhadas para sites em que forneciam dados pessoais e realizavam pagamentos via PIX.

Conforme informações da polícia, os principais suspeitos controlavam “múltiplas contas bancárias”, ofereciam uma espécie de “mentoria” para ensinar técnicas de golpes instituições financeiras de fachada.



Com informações da fonte
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/10/01/policia-prende-quatro-suspeitos-de-usarem-deepfake-de-gisele-bundchen-para-lucrar-r-20-milhoes-em-golpes.ghtml

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