Paloma Cristina Cavalcanti Bacalhau, 37, foi localizada no Engenho do Porto, em Duque de Caxias - Reprodução
Compartilhar
Paloma Cristina Cavalcanti Bacalhau, 37, foi localizada no Engenho do Porto, em Duque de Caxias – Reprodução
Paloma Cristina Cavalcanti Bacalhau, 37, foi localizada no Engenho do Porto, em Duque de CaxiasReprodução
Rio – Uma mulher foi presa, nesta terça-fera (23), por aplicar o golpe conhecido como “Boa noite, Cinderela” em turistas brasileiros e estrangeiros. A ação conjunta da 12ª DP (Copacabana) e da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) cumpriu dois mandados de prisão contra Paloma Cristina Cavalcanti Bacalhau, 37, que foi localizada no Engenho do Porto, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
De acordo com as investigações, somente em 2024, a mulher foi identificada em seis inquéritos sobre o golpe e estava foragida. Entre as vítimas estão turistas da Alemanha, Suíça e Noruega, bem como de São Paulo e Minas Gerais, que conhecia na Lapa, Região Central, e na Zona Sul. A acusada sedava os alvos e depois roubava pertences e fazia transações bancárias com os cartões deles.
Em um dos casos, um norueguês e um alemão conheceram Paloma e uma comparsa na Lapa, quando decidiram ir para o apartamento em que eles estavam, em Ipanema, na Zona Sul. No local, as vítimas foram dopadas pelas mulheres, desmaiaram e tiveram celulares, computadores e relógio roubados, além de transações não reconhecidas nos cartões. Na ocasião, os estrangeiros precisaram de atendimento médico.
A comparsa de Paloma neste golpe, Thaysa Theobald de Souza, acabou presa em março deste ano. Outro episódio aconteceu com suíços, que também encontraram a criminosa e outra mulher na Lapa e seguiram para Copacabana, na Zona Sul, onde foram dopados com bebidas. Dos turitas, elas roubaram celulares e outros aparelhos eletrônicos e dinheiro que estava no apartamento onde o crime aconteceu.
Os agentes apuraram que Paloma agia com comparsas e, na maioria dos casos, contou com a participação de um homem, preso em flagrante em dezembro do ano passado, enquanto tentava aplicar o mesmo golpe. Na ocasião, a vítima conseguiu acordar e acionar policiais militares. O criminoso recebeu o benefício de responder o processo em liberdade, em junho deste ano. Contra a acusada, já haviam antecedentes criminais pelo golpe.
Polícia investiga morte de argentino e outros golpes
A Polícia Civil investiga se o turista argentino Alejandro Mario Ainsworth, de 54 anos, encontrado morto no último dia 8, na estrada da Grota Funda, na Zona Sudoeste, foi alvo de “Boa noite, Cinderela”. A vítima desapareceu no dia anterior e o corpo foi localizado sem sinais de violência. À imprensa da Argentina, a família do estrangeiro afirmou que as contas dele foram esvaziadas, empréstimos foram feitos e o telefone celular estava fazendo movimentações suspeitas, como alteração de senhas.
No último dia 18, duas mulheres foram presas por aplicar o “Boa noite, Cinderala”, após conhecer uma vítima em uma boate na Lapa. Após ingerirem bebidas alcoólicas, ambos foram até um hotel em Copacabana, na Zona Sul, e ao acordar, o homem relatou que mais de R$ 10 mil haviam sido retirados de sua conta bancária por meio de transferências via Pix. O valor foi distribuído entre quatro contas diferentes.
Em 8 de setembro, uma garota de programa foi presa pelo mesmo crime, contra um turista francês que conheceu na Pedra do Sal, na Região Central. Depois de conhecer a mulher e duas comparsas, eles seguiram até uma hospedaria em Copacabana, onde o crime aconteceu. A vítima só recuperou a consciência no dia seguinte, quando estava no hospital com ferimentos graves. Na ocasião, ele foi arremessado de um veículo em movimento, teve um celular e R$ 150 em espécie roubados, além de cerca de R$ 50 mil transferidos da conta bancária.
No último dia 5, a Polícia Civil prendeu Mayara Ketelyn Américo da Silva, acusada de aplicar o “Boa noite, Cinderela” em dois turistas britânicos, no mês passado. Segundo a denúncia, ela e outras duas mulheres conheceram as vítimas na Fundição Progresso, na Lapa, e convidou os turistas a continuar a noite na orla de Ipanema, oferecendo caipirinhas com substância capaz de causar sonolência e desorientação.
Vídeos que circularam nas redes sociais à época mostram um dos turistas desacordado na areia da praia, na altura do Posto 9. Um homem passava pela Avenida Vieira Souto e gravou o momento em que a vítima, já desorientada, cambaleou pelo calçadão até cair com o rosto na areia. Posteriormente, a testemunha viu as mulheres entrando em um táxi e fugindo. Mihailo Petrovic e Diego Bravo tiveram um prejuízo estimado de R$ 110 mil.