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A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) investiga se o caso está ligado à contravenção, à máfia de cigarros ou ao trabalho do policial.
— Uma série de fatores nos levam a concluir inicialmente que se trata de uma organização criminosa voltada para, entre outras coisas, a prática de homicídios. Por ser na região de Caxias, tem uma série de coisas que a gente consegue posicionar para suspeitar da participação da contravenção ou da máfia do cigarro, ou ambas. Então, tudo isso tem de ser levado em consideração — disse o delegado Willians Batista, da DHNSG.
A polícia descobriu que a vítima vinha sendo seguida nos últimos dias. Os três suspeitos foram presos quando fugiam em um Jeep Compass roubado do local onde o Ônix branco usado no crime estava sendo queimado. O carro foi identificado pelas câmeras de segurança do Centro Integrado de Segurança Pública de Niterói e acompanhando pelas imagens até a entrada da Ponte Rio-Niterói. Depois, as polícias Civil e Rodoviária Federal (PRF) foram acionadas para monitorar o veículo.
Os policiais presos foram identificados como Felipe Ramos Noronha, do 15º BPM (Caxias), e Fábio de Oliveira Ramos, do 3º BPM (Méier). O terceiro detido é Mike Junior Pedro, que já teria uma passagem por distribuição de cigarros ilegais. Eles foram autuados por homicídio.
Com os detidos, foram apreendidas três armas, que serão submetidas a exame de confronto balístico com os projéteis retirados do corpo da vítima. Dentro do Jeep, os policiais encontraram os celulares dos presos e um saco onde estavam placas de carros — inclusive a do Ônix branco — e uma pedra.
— Tudo indica que, logo após sair daquele lugar, eles se livrariam dessas placas, possivelmente jogando em algum rio. Felizmente a gente conseguiu abordá-los antes — disse Willians Batista.
O inspetor Viana era lotado 29ª DP (Madureira). O GLOBO não localizou a defesa dos presos.