Dois pais foram considerados culpados pelo assassinato brutal de dois de seus quatro filhos na Califórnia, em um caso que chocou autoridades e vizinhos pela extrema violência. Maurice Jewel Taylor Sr., de 39 anos, e Natalie Sumiko Brothwell, de 48, foram condenados pela morte de Maliaka, de 13 anos, e Maurice Jr., de 12, que tiveram as cabeças arrancadas após serem esfaqueados dentro da casa da família, segundo o Ministério Público do Condado de Los Angeles, nesta semana.
- Leia também: Aplicativo de localização ajuda a salvar mulher presa até a cintura em pântano nos EUA
Após o crime, o casal obrigou os dois filhos mais novos — de oito e nove anos — a observar os corpos decapitados dos irmãos antes de trancá-los em seus quartos, onde permaneceram “por vários dias” sem acesso a comida ou água, de acordo com a promotoria. O promotor público Nathan J. Hochman classificou o episódio como “um ato monstruoso de crueldade que destruiu uma família inteira”. Ele ressaltou que “duas crianças inocentes foram brutalmente assassinadas, e seus irmãos mais novos foram deixados para viver um horror inimaginável”.
A tragédia ocorreu em novembro de 2020, mas só foi descoberta semanas depois. Os corpos e as crianças sobreviventes foram encontrados em dezembro daquele ano, quando bombeiros responderam a um chamado por vazamento de gás no imóvel, como registrou o Los Angeles Times. Vizinhos também relatavam um odor forte vindo da casa, o que contribuiu para o alerta.
O desaparecimento temporário de Taylor chamou atenção de seus clientes, já que ele trabalhava como personal trainer. Após não conseguirem contato e sentirem o cheiro de gás ao se aproximar da residência, eles acionaram as equipes de emergência, que então localizaram as vítimas.
Na época, o prefeito de Lancaster, Rex Parris, afirmou que o crime poderia ter relação com as pressões da pandemia de Covid-19. Ele citou a piora da economia, o fechamento das escolas e a interrupção de atividades sociais como fatores que criaram um ambiente doméstico mais tenso.
O casal foi condenado, neste mês, por duas acusações de homicídio qualificado em primeiro grau e duas por abuso infantil. A sentença será anunciada em 13 de janeiro, e ambos podem receber prisão perpétua.
O caso veio à tona dias depois de outra tragédia envolvendo uma criança. Na França, uma mulher de 31 anos foi presa após, segundo promotores, confessar ter afogado o filho de cinco semanas durante uma discussão com o parceiro. Ela fugiu do apartamento antes de ser detida e também enfrenta a possibilidade de prisão perpétua por homicídio de menor.

