A Polícia Civil do Paraná disse não ter encontrado indícios de que o incêndio ocorrido em um apartamento de Londrina na quarta-feira passada (15) tenha origem criminosa. Moradora do imóvel, a advogada Juliane Vieira resgatou a mãe, o primo e o cachorro ao se apoiar na caixa do ar condicionado que fica na fachada do prédio e ajudá-los a chegar ao apartamento de baixo.
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“A equipe policial deve ouvir as vítimas assim que receberem alta hospitalar e também aguarda o resultado de laudos periciais para identificar como as chamas iniciaram”, disse a Polícia Civil em nota.
. Segundo o Corpo de Bombeiros, o atendimento ao incêndio no apartamento no 13º andar de um prédio localizado no cruzamento das ruas Riachuelo e Londrina, no bairro Country, seguiu todos os procedimentos técnicos da corporação para esse tipo de ocorrência.
O boletim médico mais recente indica que Juliane saiu do estado gravíssimo, e agora está grave. Ela segue sedada e entubada. Nesta quarta-feira, a mãe dela, Sueli Vieira, de 51 anos, recebeu alta do hospital.
“As três vítimas que estavam no interior do apartamento já apresentavam queimaduras, antes da chegada dos bombeiros, inclusive as duas retiradas por populares pela janela do 12º andar”, informou a corporação em nota.
Juliane apoiou-se na caixa do ar-condicionado na fachada do prédio para retirar os parentes e o cachorro do apartamento que queimava. Na sua vez de pular para o apartamento de baixo, estava com o corpo fragilizado pelo esforço e pelos ferimentos, segundo os bombeiros. Dessa forma, precisou ser resgatada.
O bombeiro militar que realizou o resgate entrou em meio às chamas para alcançá-la, pois a vítima estava em risco iminente de queda, apoiada sobre o ar-condicionado — estrutura não projetada para sustentar peso humano. Segundo a instituição, o bombeiro permaneceu estabilizando o risco de queda, ainda com a vítima parcialmente do lado de fora, até que as chamas fossem controladas.
O sargento Edemar de Souza Migliorini, um dos bombeiros que auxiliaram no resgate de Juliane, recebeu alta no sábado (18) após passar três dias internado. Ele sofreu queimaduras de terceiro grau. Edemar teve queimaduras de 1º, 2º e 3º graus em 20% do corpo: nos braços, mãos e em parte das costas.
O incêndio começou na manhã de quarta-feira (15), em um apartamento no 13º andar de um prédio localizado no cruzamento das ruas Riachuelo e Londrina, no bairro Country. Segundo apuração da RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o fogo foi percebido por operários de uma obra vizinha, que alertaram o porteiro do condomínio. O funcionário então avisou os moradores, desligou o gás e a energia e acionou o alarme de incêndio.
Segundo a RPC, no momento do incêndio, estavam no apartamento Juliane, a mãe e o primo. Todos dormiam quando o fogo começou. A prima de Juliane, mãe da criança, havia saído para ir à academia e não estava no local. O cachorro da família também sobreviveu sem ferimentos.