Jaé: motoristas de vans denunciam falta de transparência na bilhetagem e acionam o MP

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O protesto dos motoristas de vans do Rio de Janeiro ganhou força e se transformou em uma denúncia formal. A categoria afirma que o sistema de bilhetagem eletrônica implantado pela Prefeitura e operado pelo Jaé funciona como uma verdadeira “caixa-preta”, sem qualquer transparência sobre o número de passageiros transportados e os valores efetivamente arrecadados.

De acordo com os profissionais, todo o controle estaria nas mãos da Fetranspor, entidade que representa as empresas de ônibus, o que, segundo eles, compromete a autonomia e inviabiliza a fiscalização do transporte complementar. As acusações foram enviadas não apenas à Prefeitura e à Câmara Municipal, mas também ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que deverá analisar o caso.

Protestos nas ruas

Na manhã desta terça-feira (25), motoristas paralisaram linhas em vários bairros da cidade e seguiram rumo ao Centro. O grupo realizou um ato em frente ao prédio da Prefeitura, cobrando uma revisão urgente do modelo de financiamento do transporte complementar — modelo que, de acordo com eles, coloca em risco a continuidade do serviço.

O que diz o manifesto da categoria

  • O transporte alternativo surgiu entre as décadas de 1980 e 1990 como resposta às falhas do sistema convencional.
  • Hoje, é considerado essencial para comunidades que ainda carecem de mobilidade urbana de qualidade.
  • Os motoristas pedem a garantia do direito ao trabalho.
  • Criticam os subsídios bilionários destinados às empresas de ônibus — quase R$ 3 bilhões — enquanto o setor de vans recebe valores mínimos.
  • Enquanto cada passageiro transportado por ônibus gera repasse de R$ 7,34, as vans recebem apenas R$ 1,59 na integração — menos de 20% do valor.

Denúncias e alegações de perseguição

Os motoristas afirmam ainda que, além da falta de transparência na bilhetagem, o setor tem sido alvo de perseguição e de campanhas de desinformação que, segundo eles, prejudicam a imagem das vans regularizadas e fortalecem a narrativa de irregularidades.

As principais reivindicações

  • Concessão de subsídios específicos ao transporte complementar.
  • Equiparação tarifária com os ônibus.
  • Reorganização e fortalecimento da operação das vans.
  • Transparência total na gestão pública do sistema de transporte urbano.
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Rodrigo Da Matta é formado em Jornalismo, Radialismo e Marketing, com especialização em Comunicação Governamental e Marketing Político pelo IDP. Atualmente, é graduando em Publicidade e Propaganda, Ciências Políticas e Gestão Pública.
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