Casais que compartilham um hábito controverso duram mais, dizem especialistas; saiba qual

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Falar sobre a vida alheia com o parceiro pode ser mais saudável para o relacionamento do que muita gente imagina. Um estudo da Universidade da Califórnia em Riverside apontou que casais que fofocam juntos tendem a ser mais felizes, satisfeitos e conectados.
“Quer a gente queira admitir ou não, todo mundo fofoca. A fofoca é onipresente”, contou Chandler Spahr, autora principal da pesquisa, ao New York Post.
O trabalho acompanhou 76 casais de gêneros iguais e diferentes usando um gravador portátil que registrava trechos das conversas ao longo do dia.
Segundo os pesquisadores, os participantes fofocaram em média 38 minutos por dia — e quase 29 minutos disso foram com o próprio parceiro. Quem mais trocava essas informações relatava maiores níveis de felicidade pessoal e melhor qualidade no relacionamento.
A pesquisa também mostrou que casais do mesmo gênero relataram bem-estar maior que os de gêneros diferentes, com destaque para casais de mulheres.
Pesquisa mostrou que casais do mesmo gênero relataram bem-estar maior que os de gêneros diferentes
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A autora sênior do estudo, Megan Robbins, explicou ao jornal que a fofoca pode funcionar como ferramenta de intimidade emocional. “Fofocar negativamente com o parceiro no caminho de volta de uma festa pode sinalizar que o vínculo do casal é mais forte do que com os amigos da festa, enquanto fofocar de forma positiva pode prolongar experiências divertidas”, escreveram os autores.
Ela afirmou que esse hábito reforça “a percepção de que os parceiros estão ‘no mesmo time’, aumentando a sensação de conexão, confiança e outras qualidades positivas do relacionamento, além de contribuir para o bem-estar geral”.
A especialista em sexo e relacionamentos Shamyra Howard disse ao New York Post que a prática fortalece tanto a intimidade emocional quanto a social. “Seja uma fofoca inofensiva, um comentário cultural ou reflexões do dia a dia, a mágica está em compartilhar uma perspectiva que pertence só aos dois. É isso que mantém o vínculo forte”, afirmou.
O estudo também reforça resultados de pesquisas anteriores que derrubaram mitos, como a ideia de que mulheres fofocam mais de forma maldosa ou que pessoas mais pobres fazem isso com maior frequência.
Os pesquisadores não diferenciaram fofocas positivas, negativas ou neutras. O que importa, segundo eles, é o ato de compartilhar perspectivas.



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