Em uma sessão marcada por firmeza e reconhecimento, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), protagonizou um gesto de respeito institucional e compromisso com a categoria dos auditores do Estado. Mesmo após o governo solicitar a retirada da mensagem que acompanhava o Projeto de Lei 5.339/25, Bacellar manteve o texto na pauta, honrando acordo prévio com o Colégio de Líderes e garantindo sua votação.
O projeto, aprovado em discussão única nesta quarta-feira (24), atualiza a tabela de vencimentos-base da carreira de Auditor do Estado, vinculada à Controladoria-Geral do Estado (CGE), com salários que vão de R$ 10.874,48 a R$ 15.942,40. A medida visa corrigir distorções e valorizar uma categoria essencial ao combate à corrupção e à fiscalização da máquina pública.
“Estou mantendo na pauta, em parceria com o governo. Já tinha acertado com o Colégio de Líderes que colocaria em pauta e vou manter a palavra. Apesar de considerar um valor ínfimo diante de tantos gastos do Estado, principalmente frente a uma categoria que combate a corrupção”, declarou Bacellar, em tom firme e comprometido.
A atitude do presidente foi amplamente elogiada pelos parlamentares. O líder do governo, Rodrigo Amorim (PL), reconheceu a postura de Bacellar e formalizou a retirada do pedido de exclusão da mensagem. “Cumprindo apenas as formalidades, em nome do governo retiro a mensagem para que o projeto possa seguir”, afirmou, destacando a lealdade do presidente.
Os elogios se multiplicaram:
– Luiz Paulo (PSD) ressaltou a importância da CGE e a necessidade de servidores concursados e bem remunerados: “A proposta está longe de ser ideal, mas é a possível”.
– Fred Pacheco (PMN) agradeceu a Bacellar e Amorim pela sensibilidade com a categoria.
– Delegado Carlos Augusto (PL), que levou o tema ao Colégio de Líderes, também aplaudiu a condução de Bacellar.
– Douglas Gomes (PL) e Flávio Serafim (PSOL) reforçaram o apoio à valorização da carreira, alertando para a evasão de profissionais qualificados por falta de incentivo.
O deputado Luiz Paulo ainda esclareceu que o reajuste não fere o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), sendo financiado por receita extra do Imposto de Renda dos próprios auditores — cerca de R$ 450 milhões anuais — enquanto o impacto do projeto será de aproximadamente R$ 45 milhões.