Assassinato de três mulheres expõe a violência que tomou conta de pontos turísticos do Nordeste

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O que deveria ser uma tarde tranquila à beira-mar terminou em horror e indignação. As professoras Alexsandra Oliveira Suzart, de 45 anos, Maria Helena do Nascimento Bastos, de 41, e a jovem Mariana Bastos da Silva, de 20, filha de Maria Helena, saíram para passear na última sexta-feira (15) com um cachorro na Praia dos Milionários, um dos destinos turísticos mais procurados do sul da Bahia.

No dia seguinte, seus corpos foram encontrados em uma área de vegetação próxima à orla, com marcas de facadas. O animal foi achado vivo, amarrado a um coqueiro ao lado das vítimas.

O crime brutal chocou a comunidade local e tem gerado protestos em Ilhéus, com a população exigindo segurança e justiça.

Paraísos dominados: turismo do Nordeste cai nas mãos das facções

Turismo sob ameaça

A Praia dos Milionários, cenário do crime, é símbolo da beleza natural do Nordeste — mas também da crescente insegurança que assola a região. O assassinato das três mulheres escancara a vulnerabilidade dos pontos turísticos, onde moradores e visitantes já não se sentem seguros.

A Bahia, assim como outros estados nordestinos, enfrenta uma escalada da violência que desafia autoridades locais e nacionais.

Paraísos turísticos sob domínio do crime

Destinos turísticos do Nordeste brasileiro, como Porto de Galinhas (PE), Pipa (RN), Jericoacoara (CE), São Miguel dos Milagres (AL) e Trancoso (BA) estão sendo cada vez mais dominados por facções criminosas que transformaram esses paraísos em centros de operações do tráfico de drogas e controle territorial.

A presença de “olheiros”, pistoleiros e gerentes de bocas de fumo é comum nas vilas, onde moradores convivem diariamente com o poder paralelo. Embora as facções imponham regras para evitar crimes contra turistas — visando manter o fluxo econômico —, a violência é constante e cruel, com relatos de decapitações, ameaças e assassinatos.

O Estado, que vende essas regiões como vitrines do turismo nacional, falha em garantir o mínimo de segurança para a população local.

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Criminalidade em expansão no governo Lula

O caso de Ilhéus é mais um entre tantos que ilustram o avanço da criminalidade no Brasil sob o governo Lula.

A ausência de uma política nacional eficaz de segurança pública, somada a uma legislação penal ultrapassada e leniente, tem contribuído para a sensação de impunidade. A política de desencarceramento, defendida por setores do governo, também é apontada por especialistas como um fator que mantém criminosos fora das cadeias, mesmo após reincidências graves.

Falta de resposta institucional

Apesar da mobilização da Polícia Civil da Bahia, que formou um grupo especial para investigar o caso, até o momento ninguém foi preso. A Secretaria das Mulheres do Estado da Bahia divulgou nota de pesar e prometeu acompanhar as investigações, mas a população exige mais do que promessas: quer ação, justiça e segurança.

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Um país em alerta

O assassinato de Alexsandra, Maria Helena e Mariana é um grito de alerta. Não apenas pela dor das famílias e da comunidade escolar, mas pelo retrato de um país onde a violência se alastra, alimentada por omissões políticas e por um sistema que falha em proteger os inocentes.

O Brasil precisa urgentemente de uma reforma profunda em sua política de segurança pública — antes que mais vidas sejam ceifadas em nome da negligência.



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2025-08-19 07:00:00

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