Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, está foragido Divulgação
“Por um triz nós não prendemos o Doca. É questão de tempo. A hora dele vai chegar, assim como chegou de vários outros. Enquanto isso, o que a gente vem fazendo? Desestruturando a facção, como vim falando aqui, com lavagem de dinheiro, com apreensão de armas, prisões, operações sistemáticas e com investigações. Demos um baque grande na facção”, contou o secretário.
“O marginal que chega a esse ponto vocês podem ter ideia do que ele faz. São execuções de desafetos e de moradores. Ele impõe a lei do silêncio e do terror na comunidade. A gente tem relatos de que os moradores não aguentam mais o Doca”, completou.
De acordo com as investigações, Edgar, de 55 anos, usa comunidades da Zona Norte como base de atuação do grupo. Nos últimos meses, passou a liderar invasões em áreas da Zona Sudoeste, como Gardênia Azul e César Maia. Foragido do sistema prisional, o traficante é investigado por mais de 100 homicídios e figura entre os criminosos mais procurados do estado.
Em maio deste ano, a Polícia Civil descobriu que Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, fundador da facção Amigos dos Amigos (ADA), firmou um pacto com Doca. A aliança tinha como objetivo expandir o domínio territorial e o tráfico de drogas na Zona Sudoeste. A informação foi confirmada pelo secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, após a prisão de Celsinho naquele mesmo mês.
Após a megaoperação da última terça-feira (28), o Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações sobre o paradeiro do criminoso. A recompensa passou de R$ 1 mil para R$ 100 mil. O montante se igualou ao que foi oferecido por Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que está preso há 20 anos, mas continua atuando na cúpula do Comando Vermelho.
As informações podem ser enviadas, de forma anônima, à central de atendimento / call center: (21) 2253 1177 ou 0300-253-1177; ao WhatsApp Anonimizado: (21) 2253-1177; e ao aplicativo Disque Denúncia RJ.

