Notificação veio da UPA de Resende após família concordar com a doação de córneas
O Banco de Tecido Ocular Humano (BTOH) de Volta Redonda, que funciona no Hospital São João Batista (HSJB), fez uma captação de tecidos para transplante nesta terça-feira, dia 28. A notificação veio da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Resende, unidade que faz parte da rede de abrangência do órgão. Nesse processo, foram obtidas duas córneas e duas escleras, que podem beneficiar até quatro pessoas que estão na fila de espera estadual, organizada e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
De acordo com a coordenadora do Banco de Olhos de Volta Redonda, Daniela da Silva, as unidades da rede de abrangência entram em contato com o Banco de Olhos de Volta Redonda quando são identificados casos viáveis para doações de córneas.
“O primeiro passo é a avaliação do prontuário médico dos possíveis doadores. Constatando a viabilidade de captação, a equipe formada por enfermeiro e técnico de enfermagem vai ao hospital para fazer o acolhimento familiar e a entrevista. Hoje, fui acompanhada do técnico de enfermagem Gilmar Lemos Ferreira para conversar com os familiares de um homem de 36 anos que teve morte cerebral atestada. Eles concordaram em doar, o que possibilitou a captação”, contou Daniela.
Após a captação, os tecidos são levados para o laboratório do Banco de Olhos, onde é realizado o processamento da córnea. É separada a parte branca (esclera) da córnea, preservando os tecidos. Em seguida é feita a análise de sorologia. Após o resultado, o material é encaminhado para a central estadual de transplantes, o RJ Transplantes.
Capacitação da rede de abrangência gera resultado positivo
A coordenadora do BTOH de Volta Redonda, Daniela da Silva, lembrou que essa notificação é fruto da capacitação das 34 unidades de abrangência do Banco de Olhos de Volta Redonda neste ano. Profissionais da UPA Resende passaram, em agosto, pelo treinamento que visa esclarecer dúvidas, combater mitos e incentivar a doação de órgãos e tecidos, abordando temas como o processo de identificação de potenciais doadores, acolhimento às famílias, aspectos legais e éticos da doação, além dos critérios médicos necessários para a captação de córneas.
“A parceria com a rede de abrangência é fundamental. A notificação e o cuidado com o potencial doador são passos fundamentais para ampliar o número de captações e transplantes”, disse a coordenadora do banco.
O diretor-geral do Hospital São João Batista, o vice-prefeito Sebastião Faria, reforçou o papel do Banco de Olhos e da Cihdott (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes). “O HSJB tem uma equipe exclusiva, responsável pelo trabalho de abordagem à família para obter autorização para a doação, além do Banco de Olhos, que capacita todas as unidades de abrangência. O foco do trabalho é ampliar as captações de órgãos e tecidos para salvar mais vidas”, falou Faria.
Foto de divulgação/BTOH.
Secom/PMVR

