PF tenta prender 11 por esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico internacional de drogas

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Operação Narco Bet: PF faz operação para desarticular esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico internacional de drogas — Foto: Divulgação/PF


Agentes da Polícia Federal saíram às ruas, nesta terça-feira, para cumprir 11 mandados de prisão e outros 19 de busca e apreensão em quatro estados do país: em Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A corporação deflagrou a Operação Narco Bet, com o objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro que, segundo as investigações, está vinculado ao tráfico internacional de drogas.

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A ação desta terça é um desdobramento da Operação Narco Vela, deflagrada em abril para reprimir o tráfico marítimo de drogas a partir do litoral brasileiro, e conta com a cooperação da Polícia Criminal Federal da Alemanha (Bundeskriminalamt – BKA). Um dos investigados alvos de mandado de prisão, cujos nomes não foram divulgados, está em território alemão.

Segundo a PF, as investigações indicam que o grupo criminoso utilizava movimentações financeiras em criptomoedas e remessas internacionais para ocultar a origem ilícita dos valores e dissimular o patrimônio. Parte do dinheiro também teria sido direcionado para empresas ligadas ao setor de apostas eletrônicas, as bets, ainda de acordo com os investigadores.

A Justiça deferiu o bloqueio de bens e valores estimados em mais de R$ 630 milhões. O objetivo, segundo a PF, é descapitalizar a organização criminosa e garantir a reparação de danos decorrentes das atividades ilícitas. Imagens divulgadas pela corporação exibem carros de luxo, pelo menos um relógio e dinheiro em espécie.

Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com indícios de atuação transnacional.

Em abril deste ano, a PF deflagrou a Operação Narco Vela para desarticular uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas para a África e Europa que utilizava satélites, barcos e veleiros.

A investigação teve início a partir de uma comunicação feita pela Agência de Repressão às Drogas dos EUA (Drug Enforcement Agency ou DEA, em inglês) sobre uma apreensão de três toneladas de cocaína em fevereiro de 2023, dentro de um veleiro brasileiro, em alto mar próximo ao continente africano, com a abordagem feita pela Marinha americana. Outros carregamentos também foram interceptados em águas internacionais pela Guarda Civil espanhola e Marinha francesa.

As investigações apontaram que dois irmãos estariam por trás do envio de cocaína em veleiros. Preso no Paraguai em 2019, Levi Adriani Felício, conhecido como “Mais Velho”, seria um dos envolvidos no esquema, além de seu parente Levi, Rodrigo Felício, o “Tico”. Ambos seriam membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).



Com informações da fonte
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/10/14/narco-bet-pf-tenta-prender-11-por-esquema-de-lavagem-de-dinheiro-ligado-ao-trafico-internacional-de-drogas.ghtml

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