Investigação conclui que morte de office boy no Santo Amaro foi resultado de legítima defesa de policial do Bope

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Momento em que Herus é levado por policiais do BOPE, no Santo Amaro, na madrugada do sábado — Foto: Reprodução


A Polícia Civil do Rio informou, na tarde desta segunda-feira, que a morte do office boy Herus Guimarães Mendes, de 23 anos, ocorrida em junho no Morro do Santo Amaro, no Catete, foi resultado de legítima defesa putativa por parte de um policial do Bope. Segundo a investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o PM reagiu “em meio a um cenário de tiros, correria e ataque pesado com armamento de guerra por parte de traficantes”. A legítima defesa putativa ocorre quando uma pessoa, acreditando estar numa situação em que corre risco, reage a ela, mesmo que esse risco se comprove depois falso.

De acordo com a nota da Polícia Civil, o inquérito descartou que tenha havido excesso ou ilegalidade na conduta policial, usando para isso laudos e imagens de câmeras corporais: “o caso foi analisado com total transparência e encaminhado ao Ministério Público”. O MPRJ informou que o Grupo de Atuação Especial em Segurança Pública (Gaesp) recebeu o inquérito da DHC, que será analisado em conjunto com dois outros procedimentos instaurados: o Procedimento Investigatório Criminal (PIC) do MPRJ e o Inquérito Policial Militar (IPM) da Polícia Militar.

Herus foi atingido por tiro na barriga e morreu após a PM realizar operação durante festa junina no Morro do Santo Amaro — Foto: Reprodução

Herus foi baleado na barriga na noite de 6 de junho deste ano, durante uma festa junina na favela. Doze policiais realizaram a ação para checar uma informação de que um grupo de bandidos armados estaria reunido no local para efetuar uma invasão a uma comunidade controlada por traficantes rivais. Na mesma ocasião, uma quadrilha profissional de festa junina realizava um evento de dança típica na comunidade.

O rapaz chegou a ser levado para o Hospital Glória D’or, no Bairro da Glória, mas não resistiu aos ferimentos. Além de Herus, outras cinco pessoas também ficaram feridas. Segundo a Polícia Civil, nenhum deles tem envolvimento com o tráfico de drogas.

O resultado trágico da operação levou o governador Cláudio Castro a afastar o comandante do Bope, coronel Aristheu Lopes. Já o coronel André Luiz de Souza Batista, comandante do Comando de Operações Especiais (COE), unidade a qual o Bope é subordinado, também foi afastado.



Com informações da fonte
https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2025/09/29/investigacao-conclui-que-morte-de-office-boy-no-santo-amaro-foi-resultado-de-legitima-defesa-de-policial-do-bope.ghtml

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