Antes do clássico entre Cruzeiro e Atlético nessa quinta-feira (11), pela volta das quartas de final da Copa do Brasil, a comissão técnica do time celeste tinha um mistério para desvendar: a estratégia que o grande rival adotaria em campo, com a estreia do recém-contratado técnico Jorge Sampaoli. Em campo, a Raposa mostrou que se preparou muito bem, já que dominou totalmente as ações e não permitiu que o time alvinegro se sobressaísse na parte tática.
O técnico Leonardo Jardim revela que uma outra partida do time celeste na temporada colaborou na preparação para enfrentar uma possível novidade do lado atleticano. O português revelou que o duelo contra o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro, serviu, em certa medida, de inspiração para montar a estratégia do clássico decisivo.
“Nós aproveitamos algumas ideias do jogo contra o São Paulo, onde além da parte estratégia, tivemos um desgaste muito grande. Tivemos dificuldades na pressão sobre a bola, chegamos tarde aos lances e não atacamos os espaços que estávamos atacando. Ontem (no clássico) a equipe foi agressiva, tivemos algumas transições, e algumas não foram bem aproveitadas. Estávamos mais frescos”, avaliou, em entrevista ao programa Donos da Bola da TV Band Minas.
Porém, para Jardim, mais do que saber prever a estratégia do oponente, é importante saber se adaptar a possíveis surpresas que o adversário possa apresentar durante o jogo. E o treinador cruzeirense se diz satisfeito com a capacidade que o Cruzeiro tem de, dentro de um mesmo jogo, alterar sua forma de jogar a depender do que faz o adversário.
“Você sempre vai ter conhecimento do adversário, do que ele pode apresentar, vamos trabalhar bolas paradas, estudar o que o treinador tenha feito nos outros trabalhos, algumas ideias, passamos para os jogadores. Mas temos que estar atentos para responder de alguma forma e nunca deixar de fazer aquilo que é nossa estratégia coletiva em termos defensivos, ofensivos. Se o adversário tiver uma atitude, temos que responder com outra. Se o adversário fizer uma coisa diferente, temos que alterar nossa forma de atacar ou agredir o adversário, mas sempre sem fugir do que nós acreditamos como coletivo. Cada vez mais o Cruzeiro consegue corresponder”, elogiou.