Viúva de turista argentino morto no Rio faz desabafo: 'Me tiraram o que tinha de mais valioso'

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“Me tiraram o que tinha de mais valioso: a pessoa com quem queria envelhecer, com quem dividia tudo o que sou.” O desabafo é de Nadia Loza, viúva do ex-secretário de Turismo de Bariloche, o argentino Gastón Fernando Burlón, morto após entrar por engano em uma comunidade do Rio de Janeiro. Em mensagem enviada ao GLOBO, Nadia rompeu o silêncio e pediu que as autoridades redobrem os esforços para prender o autor dos disparos, identificado pela polícia, mas que permanece foragido nove meses após o crime.
— A injusta e trágica partida de Gastón dói ainda mais sabendo que seu assassino continua livre. Sabemos dos esforços para capturá-lo, mas precisamos que esses esforços sejam redobrados. Viver com essa impunidade é uma ferida aberta que não cicatriza. Precisamos de justiça e que se faça todo o possível para que nenhuma outra família tenha que passar pelo inferno que vivemos e estamos vivendo — relata.
O caso ocorreu em 12 de dezembro de 2024, quando a família de Burlón, de 51 anos, seguia de carro para o Cristo Redentor. Orientado por GPS, o veículo alugado entrou por engano no Morro dos Prazeres, no Rio Comprido, área dominada pelo Comando Vermelho. Dois criminosos armados interceptaram o automóvel e atiraram. Uma das balas atingiu a cabeça do argentino, que ficou em coma no Hospital Souza Aguiar e morreu no dia 13 de janeiro. A mulher e os dois filhos do casal escaparam sem ferimentos, mas presenciaram o assassinato.
Segundo a investigação, o autor dos disparos é Sandro da Silva Vicente, o Sandrinho, morador do Prazeres, que tem mais de 20 anotações criminais e teve a prisão preventiva decretada. Apesar de operações da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) e de outras unidades, ele segue livre.
— Gastón era meu amor, meu apoio, meu companheiro em tudo. Nós o amamos, precisamos dele e sentimos falta dele a cada dia. É inaceitável que um aplicativo de navegação possa direcionar turistas para áreas controladas pelo narcotráfico sem qualquer tipo de advertência. Isso não é apenas um problema de segurança, é uma questão de vida ou morte. Gastón não voltará, mas sua morte não pode ser em vão — desabafou.
A reportagem procurou a Polícia Civil para mais informações sobre a investigação, mas ainda não obteve retorno.



Com informações da fonte
https://extra.globo.com/rio/noticia/2025/09/viuva-de-turista-argentino-morto-no-rio-faz-desabafo-me-tiraram-o-que-tinha-de-mais-valioso.ghtml

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