TJRJ aceita denúncia contra policial civil acusado de fornecer armas a milicianos da Baixada Fluminense

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) aceitou a denúncia do Ministério Público contra o policial Flávio Cordeiro Candreva, acusado de fornecer armas para milicianos de Queimados, na Baixada Fluminense. Ele foi preso nessa terça-feira durante uma operação da Polícia Civil em conjunto com o MPRJ. Além dele, foi preso Paulo Alberto de Lima, ex-funcionário da Secretaria municipal de Assistência Social daquela cidade, e foi mantida a prisão de João Carlos Lustosa da Costa, o João Jacutinga, chefe da quadrilha. Outras duas pessoas estão foragidas.
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Segundo as investigações, Flávio Cordeiro também agia para impedir a prisão de comparsas. Já o servidor municipal teria atuado como motorista dos criminosos — chegando a usar o carro do Conselho Tutelar para transportar milicianos quando ainda trabalhava na pasta —, e passado informações para intermediar encontros entre os chefes da milícia.
As investigações apontam que o grupo explorava os bairros de Fanchem, Porteira e Paraíso, onde extorquia dinheiro de comerciantes e mototaxistas. Sob ameaça armada, cobrava taxas de segurança e, em alguns casos, chegava a recolher as chaves das motocicletas como forma de coação. Para dar aparência de legalidade, os criminosos usavam a fachada de uma empresa chamada Mibius Segurança Privada, que distribuía cartões com contatos e chaves PIX para recolhimento do dinheiro.
A denúncia do MPRJ foi aceita pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). Se condenados, os réus responderão pelos crimes de milícia privada e extorsão qualificada.
O juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, responsável pela decisão, afirmou que Flávio Cordeiro usava a posição de policial civil para atrapalhar possíveis operações contra o bando; Paulo Alberto de Lima fazia a cobrança ilegal contra comerciantes e motoristas num veículo do Conselho Tutelar.
Outros nomes foram citados, como o de Carlos de Paula Souza, destinatário de transferências bancárias dos réus, o de João Carlos Lustosa, e o de Daniel Temporim Tete Machado, ex-militar do Exércitor suspeito de integrar milícia de Curicica.



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