Thais Carla rebate críticas por ter feito bariátrica e nega ter traído o movimento 'body positive'

Quase quatro meses após realizar uma cirurgia bariátrica e perder mais de 52 kg, Thais Carla resolveu falar sobre as críticas que vem recebendo de integrantes do movimento “body positive”, que defende a aceitação e valorização de todos os corpos, independentemente de seu tamanho, forma, cor ou aparência, promovendo autoestima e inclusão.
Nas redes sociais, internautas questionaram se Thais teria “traído” o movimento que sempre defendeu.
“Acredito que muitos comentários vêm de pessoas que não conhecem, de fato, os ideais do body positive. O movimento fala sobre ser livre e feliz em qualquer corpo. Eu continuo acreditando nisso e vivendo dessa forma. E, se para ter mais saúde e poder acompanhar o crescimento das minhas filhas eu precisar fazer mudanças, farei sem hesitar”, respondeu Thais, em entrevista à revista Mensch.
Para a influenciadora, essa nova fase representa liberdade. “É uma virada de chave. Hoje posso viver experiências que a gordofobia estrutural me impedia de ter. Me amo cada vez mais, tenho coragem para me arriscar em novos desafios, voltei a dançar e estou estudando teatro. É uma fase de expansão, de reencontro comigo mesma.”
“Meu maior sonho já se realizou: fazer a cirurgia com segurança e viver o bônus disso. Agora, quero seguir sendo exemplo para as mulheres que me acompanham e inspirar outras a acreditarem em suas próprias jornadas”, afirmou.
O procedimento
Aos 33 anos, a influenciadora está pensando atualmente 148kg. Ela realizou a cirurgia bariátrica em abril. Antes do procedimento ela já havia perdido 30 kg. No processo de readaptação pós-operatória, eliminou mais 15 kg. Ela afirma estar vivendo um novo ciclo, marcado por mais “leveza e saúde”.
“Não fiz a cirurgia foi por estética, nem por saúde. Foi pelas minhas filhas”, declarou. No dia da cirurgia, Thais pesava 170 kg. Pouco mais de um mês após o procedimento, já havia atingido os 155 kg.
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O procedimento escolhido por ela foi o bypass gástrico, técnica que reduz o tamanho do estômago e desvia parte do intestino, diminuindo a absorção dos alimentos. A recuperação envolve uma dieta rigorosa e gradual, começando por líquidos, passando por pastosos e, depois, alimentos sólidos leves. “Agora já consigo mastigar algumas coisas, tipo uma torradinha. Frutas estão liberadas, carnes também, desde que bem macias”, explicou.
Mais do que uma intervenção cirúrgica, Thais descreveu a decisão como o desfecho de um esgotamento emocional. A dançarina relatou como a gordofobia impactou sua vida em diversas esferas, desde a mobilidade até o julgamento constante. “As pessoas acham que gordofobia é só alguém não gostar de gordo, mas é estrutural. No restaurante, penso na cadeira. No ônibus, torço para deixarem eu entrar pela porta de trás”, disse.
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