Dois técnicos de enfermagem foram presos preventivamente nessa segunda-feira (13) pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, na cidade de Porto Alegre. Os dois homens são suspeitos de cometer crime sexual contra uma paciente de 39 anos no Hospital Ernesto Dornelles, no município. As prisões preventivas foram decretadas na última sexta-feira (10), mas os nomes dos acusados não foram divulgados.
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Em nota, a Polícia Civil disse ter tomado conhecimento do caso no dia 22 de julho, quando um familiar da vítima e funcionários do hospital registraram o ocorrido na 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM). Segundo a investigação, um dos suspeitos entrou no quarto onde a paciente estava internada e simulou um exame de toque íntimo, além de apalpar sua barriga e seus seios. A ação contou com a participação do segundo homem, que teria acobertado o fato, de acordo com informações do portal g1.
“A ação foi resultado de investigações minuciosas, conduzidas com rigor técnico, sensibilidade e profundo respeito à vítima, em uma atuação que traduz o papel essencial da DEAM: garantir que nenhum crime contra a dignidade da mulher permaneça impune”, afirmou a polícia em comunicado enviado ao GLOBO.
A vítima disse ter estranhado a forma como o procedimento aconteceu e levou os fatos à equipe de enfermagem do hospital. Durante as investigações, foi revelado o acordo prévio entre os suspeitos, assim como a tentativa de ocultar o crime. Os dois funcionários foram indiciados por violação sexual mediante fraude, crime descrito pelo Art. 215 do Código Penal, com pena de reclusão de dois a seis anos.
A nota da Polícia Civil acrescenta ainda que “cada prisão representa não apenas o cumprimento de uma determinação judicial, mas também um gesto de reparação e esperança para todas as mulheres que buscam justiça.
De acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025, o Brasil teve 8.353 registros policiais de casos de assédio sexual em 2024, 557 a mais que no ano anterior, 2023. O levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) também apontou para o aumento de casos de importunação sexual, que passaram de 36.128 para 37.972, e de divulgação de cena de estupro, de cena de estupro de vulnerável e de cena de sexo ou de pornografia, de 6.319 para 7.175.