Sinal dos tempos: Eliminatórias Sul-Americanas terminarão sem treinadores brasileiros

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Chama a atenção que a fase de grupos das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 termine nesta terça-feira (9) sem a presença de treinadores brasileiros. Dentre os dez, oito são argentinos, um é italiano e o outro, boliviano. Como bem traduz Paulo César Vasconcellos, comentarista do canal Sportv, é alerta para os profissionais brasileiros, a cada ano mais esvaziados no mercado.
Cinco das seis seleções já classificadas são treinadas por argentinos: Argentina (Scaloni), Uruguai (Bielsa); Equador (Beccacece), Colômbia (Lorenzo) e Paraguai (Alfaro). A Venezuela, sétima colocada, disputa a vaga da repescagem com a Bolívia, a oitava. Os venezuelanos, dirigidos por Fernando Batista, também argentino, podem obter inédita classificação à Copa do Mundo.
Aliás, essa luta pela vaga na repescagem é o que falta ser decidido na rodada de terça-feira. Os venezuelanos recebem os já classificados colombianos, e os bolivianos, dirigidos pelo nacional Óscar Villegas, medem forças com os brasileiros. Não serão jogos fáceis: os visitantes, além de mais estruturados, jogam por posição honrosa na tabela.
O time de Fernando Batista tem um ponto a mais e precisa vencer os colombianos, dirigidos por Néstor Lorenzo. Isso, para não depender do resultado do confronto entre Bolívia e Brasil, nos 4.150 metros da altitude de El Alto. São consideráveis, portanto, as chances de seis das sete que representarão o continente na Copa de 2026 serem dirigidas por um técnico argentino.
Lembrando que Gustavo Alfaro, que já havia levado a seleção do Equador à Copa do Catar, em 2022, acaba de fazer história. E, dessa vez, ao garantir a presença da seleção paraguaia na próxima Copa, após ausência nas edições de 2014, 2018 e 2022. E isso talvez explique a aposta do Fortaleza em Martín Palermo, ainda uma incógnita, em vez de um técnico brasileiro já estabelecido.
Nesta edição das Eliminatórias, três técnicos brasileiros estiveram à beira do campo. Fernando Diniz e Dorival Júnior dirigiram o Brasil e Antônio Carlos Zago, a Bolívia. Diniz obteve aproveitamento de 38,8% dos pontos em seis jogos, Dorival 58,3% em oito e Zago 33,3% em três. Para efeitos de comparação, Alfaro teve 56,6% em 17 jogos com a seleção do Paraguai. Vou enfatizar: com a do Paraguai! 



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