Saiba quem é o chefe do Comando Vermelho no Mato Grosso preso em praia em Niterói

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Boré, considerado um dos líderes do Comando Vermelho no Mato Grosso, preso na Praia de Piratininga, em Niterói — Foto: Reprodução


O chefe do Comando Vermelho (CV) em Mato Grosso, Ederson Xavier de Lima, conhecido como Boré, de 43 anos, foi preso na tarde de domingo no Rio, enquanto aproveitava um dia de sol na Praia de Piratininga, em Niterói. A captura foi resultado de um trabalho de inteligência do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC) e da atuação direta de agentes da 1ª DP (Praça Mauá), em cooperação com a Polícia Civil de Mato Grosso.

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De acordo com a investigação, Boré foi localizado sentado na areia, acompanhado de outros dois homens ainda não identificados. O trio conversava descontraído e consumia bebidas alcoólicas quando policiais civis descaracterizados se aproximaram para cumprir o mandado de prisão.

No momento da abordagem, Ederson tentou se passar por outra pessoa, apresentou documentos falsos e disse se chamar Victor Hugo Fernandes. A farsa durou pouco: os agentes confirmaram sua verdadeira identidade e deram voz de prisão.

Contra ele, foi cumprido um mandado de prisão por tráfico de drogas, além de autuação em flagrante pelo uso de documento falso.

Segundo a Polícia Civil, a prisão reforça a estratégia de impedir que criminosos de outros estados utilizem o Rio de Janeiro como refúgio.

Natural de Cuiabá (MT), Boré acumulava pelo menos oito passagens anteriores por crimes como tráfico de drogas, receptação, extorsão e participação em organização criminosa.

Em 2013, Ederson Xavier de Lima teve um mandado de prisão expedido pela 13ª Vara Criminal de Cuiabá. O documento determinava sua captura para cumprimento de condenação definitiva por tráfico de drogas, após ser flagrado com grandes quantidades de entorpecentes, incluindo 2,604 kg de cocaína e 2,085 kg de maconha.

A pena foi fixada em sete anos e seis meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado, além do pagamento de 750 dias-multa. A sentença também determinou o confisco dos bens apreendidos relacionados ao crime e a destruição das drogas.

Em 27 de fevereiro de 2019, Em 2019, Ederson Xavier de Lima e um comparsa, chamado Alcir Batista de Oliveira Júnior, foram condenados pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) por tráfico de drogas e associação para o tráfico. O caso envolveu uma quitinete em Cuiabá, utilizada como ponto de armazenamento de entorpecentes — apelidada pelos policiais de “escritório do crime”.

Durante a ação, ambos foram abordados juntos em um veículo, portando um tablete da mesma droga apreendida na quitinete, indicando que atuavam de forma coordenada na comercialização.

No imóvel, que estava em reforma, os policiais encontraram mais de 20 kg de maconha e objetos ilícitos relacionados à falsificação de documentos veiculares. A atuação de Alcir, assim como a de Ederson, demonstrou participação estável e duradoura na associação para tráfico, com divisão de tarefas e intenção de comercializar a droga.

“Não sobejam dúvidas que os réus Alcir e Ederson estavam unidos para a realização do tráfico de drogas no denominado pelos policiais ‘escritório do crime”, diz o documento do TJMT.



Com informações da fonte
https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2025/09/29/saiba-quem-e-o-chefe-do-comando-vermelho-no-mato-grosso-preso-em-praia-em-niteroi.ghtml

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