Identificada pelas forças de segurança do Rio como uma das principais combatentes do Comando Vermelho (CV), Penélope (também conhecida como “Japinha do CV” e “musa do crime”, foi uma das vítimas da megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta terça-feira.
Segundo o g1, Penélope, que atuava na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos de venda de drogas, “resistiu à abordagem policial e abriu fogo contra os agentes”, mas acabou alvejada por um tiro de fuzil. Registros do corpo dela (encontrado próximo a um dos acessos da comunidade), com roupas camufladas e colete, circularam nas redes sociais.
Ainda de acordo com o g1, o apelido de “Musa do crime” é resultado das publicações dela nas redes sociais, nas quais costumava aparecer ostentando armas enquanto fazia poses “sensuais”. Imagens mostram Penélope com fuzis e usando roupas táticas.
De acordo com promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), o foragido Doca, de 55 anos, é o principal líder do CV no Complexo da Penha e em comunidades como Gardênia Azul e César Maia, na Zona Sudoeste, além do Juramento, também na Zona Norte. Alguns desses territórios foram recentemente tomados da milícia.
No dia seguinte à megaoperação, moradores levam corpos para praça do Complexo da Penha
Mais corpos foram retirados por moradores de mata na Penha
A denúncia do MPRJ aponta ainda que exercem liderança no CV Pedro Paulo Guedes, conhecido como Pedro Bala; Carlos Costa Neves, o Gadernal; e Washington Cesar Braga da Silva, o Grandão. A megaoperação das polícias Civil e Militar nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, deixou quatro policiais mortos além de oito agentes feridos, na manhã desta terça-feira. De acordo com a Polícia Civil, 60 suspeitos foram mortos, dois deles da Bahia.
Quatro moradores também foram atingidos. O objetivo da ação é cumprir mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho (CV), 30 deles de fora do Rio, escondidos nos dois conjuntos de favelas, identificados pela investigação como bases do projeto de expansão territorial do CV. Até o fim da tarde desta quarta, 81 pessoas foram presas e 93 fuzis foram apreendidos na ação, que mobiliza 2,5 mil policiais e também promotores do Gaeco.
