Saiba como é a Ferrari ‘à prova de polícia’ apreendida em investigação do INSS

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A Polícia Federal (PF) apreendeu no início deste mês diversos itens de luxo pertencentes ao advogado especialista em Direito Empresarial Nelson Willians, investigado por suspeita de participação nas fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Durante a ação, a garagem de Willians impressionou pela ostentação: havia um Rolls-Royce e uma Ferrari SF90 Stradale, além de outros carros.

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O esportivo italiano, no entanto, não pode ser levado do local, tamanho o desafio de manter o veículo em perfeitas condições. Segundo a revista Piauí, ao tentar confiscar o carro, como foi feito com as obras de arte e demais itens de valor encontrados no cumprimento do mandado de busca e apreensão, os policiais foram informados que isso não seria possível.

O automóvel, além de funcionar a combustão, tem três motores elétricos, não podendo ficar muito tempo distante da estação de recarga de energia feita sob medida e instalada na casa. Após consultar empresas especializadas, a conclusão foi de que se a Ferrari ficasse um longo período sem carga, poderia sofrer danos irreversíveis. A solução, então, foi deixar o carro com seu dono em uma mansão na cidade de São Paulo.

Lançada em 2019, uma unidade da Ferrari SF90 Stradale pode custar cerca de R$ 6 milhões. Ao contrário de veículos comuns, o modelo não tem motor de arranque. Seu motor V8 4.0 funciona em conjunto com três motores elétricos, totalizando 1.000 cv, e a partida é dada pelo motor elétrico central, que fica conectado à transmissão.

Esse motor elétrico é alimentado pelo sistema de alta tensão, justamente o que recarrega via conexão à tomada. Mas, se houver menos que 5% de carga, o veículo não dá partida. De acordo com o UOL, o automóvel equivale a um carro de Fórmula 1 adaptado para as ruas, conseguindo ir de zero a 100 km/h em 2,5 s, com velocidade máxima de 340 km/h.

Há também uma série de regras para o veículo ser transportado sem prejuízos, devido ao arranjo mecânico incomum. O manual do proprietário explica que o automóvel só deve ser puxado via cabo em situações excepcionais, como para colocá-lo rapidamente em um caminhão. Em outras situações, ele precisa ser levantado com uso de cintas e colocado em uma plataforma.

Diante da tarefa complexa, mesmo com o mandado de busca e apreensão, a propriedade do carro permaneceu com Willians, nomeado “depositário fiel” do automóvel. Isso significa que o investigado mantém a posse do bem, mas não pode vendê-lo ou transferi-lo enquanto ocorre a investigação. O mesmo não aconteceu com o Bentley e o Rolls-Royce encontrados pela polícia, que agora estão sob a guarda da Justiça.

* Estagiária sob supervisão de Alfredo Mergulhão



Com informações da fonte
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/09/26/saiba-como-e-a-ferrari-a-prova-de-policia-apreendida-em-investigacao-do-inss.ghtml

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