O roubo de uma coleção de joias históricas no Museu do Louvre, em Paris, no último domingo (19), durou apenas sete minutos. Nesta segunda-feira (20), o local permanecerá fechado durante todo o dia em razão do assalto, como informou a instituição nesta semana. O episódio vem reacendendo um debate sobre a necessidade de reforço na segurança de museus em toda a Europa, trazendo à tona situações parecidas que ocorreram recentemente no continente.
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Segundo informações divulgadas à imprensa, os ladrões chegaram por volta das 9h45 no Louvre, por meio de motocicletas, acessando uma área em obras às margem do Rio Sena. Usando uma plataforma elevatória, os criminosos subiram até o primeiro andar do museu e quebraram as janelas.
De sala escondida do Louvre a coleção de rochas, três museus desconhecidos que valem a visita em Paris
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O belíssimo interior da Sala de Consultas de Gravuras e Desenhos do Museu do Louvre, em Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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A fachada da ala do Museu do Louvre onde fica a Sala de Consulta de Gravuras e Desenhos, uma parte pouco explorada do museu mais famoso da França — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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O busto de mármore ‘Méduse’, do italiano Gian Lorenzo Bernini, faz parte da exposição da Sala de Consulta de Gravuras e Desenhos do Museu do Louvre, em Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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Uma gravura do século XVI do artista Baccio Bandinelli que é está exposta na Sala de Consulta de Gravuras e Desenhos do Museu do Louvre, em Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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Visitantes caminham entre os objetos expostos no Musée d’Ennery, em Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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A fachada do Musée d’Ennery, instalado numa mansão do século XIX perto de Bois de Boulogne, em Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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Parte da coleção de arte asiática do Musée d’Ennery, em Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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Visitantes no Museu de Mineralogia da École des Mines de Paris, que tem mais de cem mil objetos, sendo cinco mil em exibição — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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Retirado da África do Sul, o diamante encravado numa rocha vulcânica é um dos destaques da coleção do Museu de Mineralogia da École des Mines de Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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As esmeraldas que já adornaram a coroa do imperador Napoleão III também fazem parte do acervo do Museu de Mineralogia da École des Mines de Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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Parte dos cinco mil objetos expostos no Museu de Mineralogia da École des Mines de Paris — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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Visitantes no Museu de Mineralogia da École des Mines de Paris, que tem mais de cem mil objetos, sendo cinco mil em exibição — Foto: Dmitry Kostyukov/The New York Times
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Capital da França é conhecida por sua grande oferta de atrativos culturais, inclusive com entrada gratuita
As autoridades francesas encontraram nas proximidades do museu a coroa quebrada da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, uma das peças furtadas, de acordo com o jornal “Le Parisien”. Foram levadas oito peças da histórica Galeria de Apolo, entre as quais joias e pedras preciosas avaliadas em milhões de euros. A seguir, relembre outros roubos a museus na Europa.
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A Mona Lisa deve parte de sua fama moderna justamente a um roubo: em 1911, o funcionário italiano Vincenzo Peruggia se escondeu no museu e levou a obra, mantendo-a em seu apartamento por dois anos. O pintor Pablo Picasso e o poeta Guillaume Apollinaire chegaram a ser considerados suspeitos pela polícia e o evento midiático transformou o quadro de Leonardo da Vinci consolidou a aura de mistério que ainda o cerca.
Para muitos estudiosos, como o historiador da arte americano Noah Charney, autor do livro “Os roubos da Mona Lisa”, este foi o primeiro roubo de arte a receber a atenção da imprensa internacional.
Escândalo do Museu Britânico
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Há dois anos, o mundo da arte foi abalado por um dos roubos mais inusitados já registrados, em caso conhecido como o “escândalo do Museu Britânico”, em Londres. Um dos curadores da seção de arte grega antiga, Peter Higgs, arqueólogo de 56 anos, foi acusado de ter furtado diversas peças datadas entre os séculos XV a.C. e XIX d.C. Ele trabalhava no museu desde 1993 e era autor de guias de importantes exposições da instituição.
O grito: desaparecido em 50 segundos
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Foram necessários apenas 50 segundos para que “O grito”, de Edvard Munch, fosse arrancado da parede da Galeria Nacional de Oslo, em 12 de fevereiro de 1994 — o mesmo dia da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno.
O ladrão, Pal Enger, escalou uma janela, cortou o cabo que sustentava o quadro e fugiu. Chegou a deixar um bilhete: “Obrigado pela falta de segurança”. Três meses depois, tentou pedir US$ 1 milhão pelo resgate da obra, mas acabou preso.
A pintura foi recuperada, mas, em 2004, outra versão de “O grito” foi roubada do Museu Munch, junto com “Madonna”, do mesmo artista. Ambas foram encontradas dois anos depois, mas “O grito” estava gravemente danificado pela umidade.
O Klimt que nunca deixou o museu
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Em 22 de fevereiro de 1997, “Retrato de uma dama”, de Gustav Klimt, desapareceu da Galeria Ricci Oddi, em Piacenza, na Itália. O quadro parecia ter sumido sem deixar rastros.
Em 2019, jardineiros encontraram a pintura escondida numa sacola de lixo no próprio museu, durante uma obra de manutenção. Avaliada em 60 milhões de euros, a peça foi autenticada — e acredita-se hoje que o roubo tenha sido frustrado e a obra deixada ali.
Francis Bacon: cinco quadros furtados em Madri
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Em 2015, cinco quadros de Francis Bacon, avaliados em 30 milhões de euros, foram roubados do apartamento de José Capelo, amigo do pintor, no centro de Madri. Ele estava viajando para Londres no momento do crime.
A polícia prendeu dez pessoas e conseguiu recuperar três obras em 2017. Em janeiro deste ano, um vídeo que circulou em Madri mostrava as duas peças restantes sendo oferecidas no mercado ilegal. O caso segue aberto.
O furto da escultura de Henry Moore
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Em 2005, uma escultura de duas toneladas do artista britânico Henry Moore, “Declining figure”, avaliada em 4,5 milhões de euros, foi roubada de sua fundação, próxima a Londres. A polícia suspeita que a peça tenha sido derretida e vendida como sucata — por meros 2 mil euros.
O ‘Homem-Aranha’ que roubou Modigliani
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Em 20 de maio de 2010, às 3h30 da madrugada, o ladrão Vjan Tomic escalou a janela do Museu de Arte Moderna de Paris e levou cinco obras — entre elas “A mulher com o leque”, de Modigliani, além de telas de Picasso, Matisse, Léger e Braque.
As câmeras de segurança estavam com baixa qualidade e os alarmes não funcionaram. O valor total do roubo é estimado em 100 milhões de euros. Tomic foi preso, mas as obras jamais foram recuperadas.
A obra mais roubada da história
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O “Retábulo de Gante”, dos irmãos Van Eyck, é considerado o quadro mais roubado da história. Desde o século XVI, passou por guerras, saques e vendas ilegais.
Em 1934, dois de seus painéis foram levados da Catedral de São Bavão, na Bélgica. Um deles foi devolvido anonimamente, mas “Os juízes justos” permanece desaparecido até hoje.
Caravaggio e o mistério de A Natividade
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Na noite de 17 para 18 de outubro de 1969, “A Natividade com São Francisco e São Lourenço”, de Caravaggio, foi roubada da igreja de San Lorenzo, em Palermo, na Sicília.
O quadro nunca mais foi visto. A principal hipótese aponta para a máfia italiana: o chefe Gaetano Badalamenti teria mantido a obra em casa e usado um pedaço do tecido original para provar sua posse.
Outras versões sugerem que o quadro foi cortado do chassi com uma navalha, enrolado em um tapete e levado para a Suíça — ou até dividido e vendido em partes. Mais de meio século depois, o mistério permanece.