Roda para Aldir Blanc vai cantar até músicas inéditas, neste domingo, na Tijuca

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Já é tradição no Rio. Todo início de setembro a turma do Bip Bip reúne a nata do samba para celebrar Aldir Blanc. É o 13° ano seguido. E, desta vez, até músicas inéditas do compositor tijucano, que faria 79 anos e foi vítima da Covid em 2020, serão cantadas.

A marcha “Rancho da abelha dourada”, uma rara parceria entre Aldir Blanc e Sivuca, é uma das inéditas. A canção passeia pelos nomes de sociedades carnavalescas do passado.

Outra inédita é “O teatro da natureza”, que Aldir fez com o violonista Marco Pereira e foi gravada apenas na versão instrumental por Hamilton de Holanda.

“Essa brincadeira começou em 2013, com os amigos do Bip e a Marina Íris. Todos os intérpretes e parceiros do Aldir são convidados e podem aparecer. Teve ano que até o João Bosco brotou. Aldir sempre vibrou com a homenagem e, mesmo na reclusão habitual, recebia as notícias pela família. Durante a pandemia, que o vitimou fatalmente pelo descaso com a saúde pública, levamos a roda para as redes e chegamos a fazer lives por 17 horas seguidas em sua homenagem. As letras dele são sempre inteligentes e ousadas. Seja pra falar de política, de picardia, de amor ou as crônicas cariocas e brasileiras”, diz o violonista Pratinha, organizador da roda que vai cantar, segundo ele, no mínimo 79 músicas do compositor.

O encontro será domingo, dia 7, no Jardim Aldir Blanc, Avenida Maracanã, 6396.

A programação começa às 12h, com a aula pública de Luiz Antonio Simas “A peleja do Brasil de Aldir contra o Brasil de Dom Pedro”, aproveitando o ensejo do Dia da Independência.

Na sequência, às 14h, dezenas de músicos e intérpretes se revezam na Roda Aldir 79, cantando, sem intervalo, sucessos, raridades e até músicas inéditas do chamado Ourives do Palavreado, como o batizou Dorival Caymmi.

Festa para Aldir também terá os bares tradicionais da Tijuca e, claro, chope gelado

Além da música, o evento — que conta com o apoio da subprefeitura da Grande Tijuca — terá uma feira gastronômica e etílica organizada por Toninho, do Bar do Momo, reunindo bares tradicionais da região como Bar da Frente, Bar da Gema, Momo, Costelas, além de chope Hocus Pocus e Brahma.

Também haverá espaço infantil, tornando a festa ainda mais acolhedora para toda a família.

“Ele foi o cara que melhor escreveu sobre a boemia carioca. O Momo era o bar preferido do Aldir e de sua família. Seu pai, Ceceu, era presença quase diária no nosso botequim. O mínimo que podemos fazer é reunir os bares amigos para levar boa comida e bebida à celebração dessa data”, completa Toninho do Momo, curador da parte gastronômica.

Entre os cantores confirmados estão: Aurea Martins, Marina Íris, Marcos Sacramento, Pedro Paulo Malta, Simone Franco, Clarisse Grova, Fernando Sarapu, Manoela Marinho, Jayme Vignoli, Chico Alves, Zé Renato, Manu da Cuíca, Ernesto Pires, Luciana Jablonski, Grupo Equale e Dorina. Outras surpresas devem aparecer.

Pratinha e Toninho já avisam que essa é uma prévia pros 80 anos em 2026, que vai parar a cidade!

A Tijuca fica pequena para a festa anual em homenagem ao compositor Aldir Blanc, o ourives do palavreado, e um tijucano cruzmaltino de boa cepa – Foto do leitor



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