Rio terá protocolo para notificar polícia sobre atendimento a animais baleados | Rio de Janeiro

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A cadelinha Nina passou por cirurgia ortopédica para tentar salvar a pata - Divulgação




A cadelinha Nina passou por cirurgia ortopédica para tentar salvar a pataDivulgação

Rio – A Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (SMPDA) anunciou que vai criar um protocolo para notificar a Polícia Civil sobre atendimentos a animais baleados em unidades de saúde da Prefeitura do Rio. A iniciativa é resultado da recente incidência de bichinhos vítimas de violência urbana na capital fluminense: somente em setembro, já houve registros de seis feridos.

Segundo o secretário Luiz Ramos Filho, esse número poderia ser maior se não fosse uma subnotificação, já que muitos morrem antes do atendimento chegar. Quanto aos que sobrevivem, os exemplos de violência são os mais diversos: “Temos recebido constantemente chamados de animais jurados de morte, baleados propositalmente ou vítimas de balas perdidas, durante confronto entre polícia e bandidos”.

A pasta informou que vai contabilizar os casos de animais feridos em casos de violência urbana e levá-los à polícia, mas não deu mais detalhes sobre como será feita essa notificação. Também não há informações sobre um prazo para que o protocolo tenha um início.

Vítimas recentes

Um dos casos que mais chamou atenção recentemente foi o da cadelinha Nina, que na quarta-feira (24), levou um tiro na porta de sua casa, no morro do Juramento, em Vicente de Carvalho. A bala entrou pelo tórax e saiu pela pata esquerda dianteira.

A cachorrinha passou por cirurgia no Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, na Mangueira, para colocação de um fixador externo, e deve fazer novos procedimentos para evitar amputação, mas passa bem.

Menos de 24 horas depois, a mesma unidade recebeu um cão baleado dentro da favela Para-Pedro, em Irajá, onde havia sido ‘jurado de morte’. Conforme divulgou a SMPDA, moradores relataram que o animal recebeu as ameaças de traficantes locais após ter mordido uma pessoa.

O cãozinho Irajá, como foi batizado, quebrou a pata dianteira esquerda e perdeu um dedo, mas passa bem – o projétil não ficou alojado. Como não pode retornar à comunidade por questões de segurança, ficará em um abrigo municipal aguardando adoção. “Não sabemos por que foi jurado de morte. Aparentemente, é muito dócil”, contou o veterinário e cirurgião-geral Eduardo Ozório, responsável pelo procedimento no paciente canino, que semana passada já havia operado também uma gatinha baleada em uma favela.

Ainda de acordo com a SMPDA, também em setembro, em uma favela da Zona Oeste, o tutor de uma cadela grávida foi expulso por bandidos, que balearam o animal. Ela sobreviveu, mas os fetos, não.

No domingo passado (21), a macaca-prego que havia perdido os movimentos das patas inferiores ao ser baleada na Gávea, morreu após mais de 10 dias internada no Instituto Vida Livre. Batizada carinhosamente de Maria, ela não resistiu ao procedimento anestésico. Durante a cirurgia, os veterinários descobriram que o disparo que a atingiu era de chumbinho. O caso é investigado pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).

Já no início do mês, um cachorro da raça pitbull foi baleado com três tiros, na favela do Batan, em Realengo. Na ocasião, o animal também foi socorrido para o Jorge Vaitsman, onde se recupera. Ele recebeu o nome de Hércules.

A secretaria pede que quem tenha interesse em adotar os animais abrigados pela Prefeirura do Rio entre em contato com pelo Instagram @smpdarj.



Com informações da fonte
https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2025/09/7135979-rio-tera-protocolo-para-notificar-policia-sobre-atendimento-a-animais-baleados.html

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