A cadelinha Nina passou por cirurgia ortopédica para tentar salvar a pataDivulgação
Rio – A Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (SMPDA) anunciou que vai criar um protocolo para notificar a Polícia Civil sobre atendimentos a animais baleados em unidades de saúde da Prefeitura do Rio. A iniciativa é resultado da recente incidência de bichinhos vítimas de violência urbana na capital fluminense: somente em setembro, já houve registros de seis feridos.
Segundo o secretário Luiz Ramos Filho, esse número poderia ser maior se não fosse uma subnotificação, já que muitos morrem antes do atendimento chegar. Quanto aos que sobrevivem, os exemplos de violência são os mais diversos: “Temos recebido constantemente chamados de animais jurados de morte, baleados propositalmente ou vítimas de balas perdidas, durante confronto entre polícia e bandidos”.
A pasta informou que vai contabilizar os casos de animais feridos em casos de violência urbana e levá-los à polícia, mas não deu mais detalhes sobre como será feita essa notificação. Também não há informações sobre um prazo para que o protocolo tenha um início.
Vítimas recentes
A cachorrinha passou por cirurgia no Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, na Mangueira, para colocação de um fixador externo, e deve fazer novos procedimentos para evitar amputação, mas passa bem.
O cãozinho Irajá, como foi batizado, quebrou a pata dianteira esquerda e perdeu um dedo, mas passa bem – o projétil não ficou alojado. Como não pode retornar à comunidade por questões de segurança, ficará em um abrigo municipal aguardando adoção. “Não sabemos por que foi jurado de morte. Aparentemente, é muito dócil”, contou o veterinário e cirurgião-geral Eduardo Ozório, responsável pelo procedimento no paciente canino, que semana passada já havia operado também uma gatinha baleada em uma favela.
Ainda de acordo com a SMPDA, também em setembro, em uma favela da Zona Oeste, o tutor de uma cadela grávida foi expulso por bandidos, que balearam o animal. Ela sobreviveu, mas os fetos, não.
Já no início do mês, um cachorro da raça pitbull foi baleado com três tiros, na favela do Batan, em Realengo. Na ocasião, o animal também foi socorrido para o Jorge Vaitsman, onde se recupera. Ele recebeu o nome de Hércules.
A secretaria pede que quem tenha interesse em adotar os animais abrigados pela Prefeirura do Rio entre em contato com pelo Instagram @smpdarj.