Apresentação foi na última sexta-feira (10), na sede do projeto Volta Redonda Cidade da Música, e contou a história de uma das figuras mais importantes da música brasileira
O projeto Volta Redonda Cidade da Música recebeu na última sexta-feira (10) o recital “Chiquinha Gonzaga e seu legado”, com interpretação de Raquel Paixão. A apresentação foi na sede do projeto, no bairro Vila Mury, e encantou o público ao contar a história de uma das figuras mais significativas da música brasileira, sendo a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil e a criadora da primeira marchinha de carnaval.
O público presente pôde revisitar a história de Chiquinha Gonzaga, explorando seu repertório musical e o conectando com diferentes fases de sua vida, em um diálogo sensível entre música e teatro.
“O recital foi um sucesso. O público esteve presente e atento às explicações da pianista e atriz Raquel Paixão. Tivemos a oportunidade de resgatar a importância de Chiquinha Gonzaga como símbolo de resistência, inovação e paixão pela música”, disse a maestrina Sarah Higino, coordenadora do projeto Volta Redonda Cidade da Música.
Guilherme de Oliveira Rocha, contrabaixista do projeto Volta Redonda Cidade da Música, disse que gostou muito de aprender sobre a história de Chiquinha Gonzaga. “Eu gostei de ver como era difícil na época para as mulheres negras participarem da música, como elas não tinham palco, e como Chiquinha foi importante para aumentar essa participação”.
Outro músico do projeto, o também contrabaixista Pedro Henrique Soares, mostrou-se impressionado com a interpretação de Raquel Paixão como Chiquinha Gonzaga, e ainda aprendeu um pouco sobre História. “Eu pude aprender que, naquela época, existiam casamentos arranjados, e que arranjaram um casamento para ela, mas que ela ficava dividida entre o sonho de ser musicista e o marido, até que um dia o marido deu um ultimato: escolher o casamento ou a música, e Chiquinha escolheu a música. Isso me mostra que o nosso sonho, a nossa vontade de ser alguma coisa, tem que estar acima daquilo que as outras pessoas propõem para nós”, disse.
A luta de Chiquinha pelos direitos dos musicistas foi destacada por outro contrabaixista, Arthur Luiz. “O que achei interessante foi aprender sobre a Chiquinha e saber como ela lutou para criar uma sociedade onde os compositores passaram a ter direitos sobre suas próprias peças, e isso segue até hoje”, afirmou.
Fotos de divulgação – Secom/PMVR.