As primeiras imagens do assalto ao Museu do Louvre, em Paris, vieram à tona nesta segunda-feira e mostram a precisão com que os criminosos agiram. Disfarçados de funcionários, os ladrões invadiram o museu em plena luz do dia, forçaram uma vitrine da Galeria Apollo, onde ficam as joias da coleção de Napoleão III, e fugiram levando oito peças de valor histórico e patrimonial inestimável.
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O vídeo, divulgado pela emissora francesa BFMTV, mostra o momento em que o grupo utiliza um guindaste acoplado a um caminhão para alcançar uma das janelas laterais, voltada para o Rio Sena, quebrar o vidro e entrar no museu às 9h34 (horário local). Mesmo com o alarme disparado, os assaltantes continuaram o roubo com calma e precisão. Às 9h40, já estavam do lado de fora. Segundo as autoridades, quatro suspeitos participaram da ação.
Primeiras imagens revelam ação dos assaltantes no museu; veja vídeo
Dentro da galeria, os ladrões arrombaram vitrines e recolheram as joias antes de fugir de moto com a ajuda de comparsas. Nenhum tiro foi disparado, e ninguém ficou ferido. O Louvre foi imediatamente esvaziado, e o prédio segue fechado para perícia.
Durante a fuga, uma das joias, a coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, caiu nas imediações do museu e foi recuperada, embora danificada. A ministra da Cultura, Rachida Dati, confirmou a recuperação da peça e disse que ela está sendo periciada.
O ministro do Interior, Laurent Nuñez, admitiu falhas no sistema de segurança e descreveu o episódio como “um golpe duro à imagem da França”. Um relatório do Tribunal de Contas já havia alertado, entre 2019 e 2024, para o atraso “persistente” na modernização dos equipamentos de vigilância do museu.
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Ladrões usaram guindaste para invadir o museu e fugiram com as relíquias
Entre as joias levadas estava um colar de safiras e diamantes que pertenceu à rainha Maria Amélia da França e foi a última peça usada em público pela princesa Isabel d’Orleans, bisneta de dom Pedro II. As investigações continuam, e as autoridades acreditam que os autores sejam ladrões experientes, responsáveis por outros roubos de peças de arte e históricas na Europa.