O presidente municipal do PL, Bruno Bonetti, admitiu que os integrantes da cúpula da Segurança Pública no governo do estado — os secretários da Polícia Civil, Felipe Curi; da Polícia Militar, coronel Marcelo Menezes; e da Segurança Pública, Victor dos Santos — estão na mira do partido para a disputa pelo governo do estado em 2026. Os três negam que pretendam ser candidatos a qualquer cargo eletivo.
Em entrevista ao jornalista Claudio Dantas, ex-Jovem Pan e hoje apresentador em um canal do YouTube com mais de 280 mil seguidores, Bonetti foi enfático quando perguntado sobre o cenário político-eleitoral pós-operação nos complexos do Alemão e da Penha.
“Surgem com força os nomes dos comandantes da Segurança Pública. Seja o coronel Menezes, o delegado Felipe Curi, o secretário Victor. Todos eles mostraram um extremo conhecimento técnico do manejo da questão da Segurança Pública. E no Rio de Janeiro, a grande demanda do cidadão é por segurança. Então, de cara, surgem esses três nomes”, disse Bonetti.
O presidente do PL, porém, jura que os três não foram consultados sobre o interesse do partido.
“Ainda não houve nenhuma conversa com esses personagens. É importante que se diga, porque a esquerda já sugeriu que a operação poderia ter sido norteada por um objetivo eleitoral, o que é uma grande canalhice de se dizer”, garantiu Bonetti.
Perguntado se há uma data limite para o partido escolher o seu candidato, ele cravou o início de 2026.
“Nós vamos, sim, fazer uma grande pesquisa. É evidente que com responsabilidade, mas eu posso te garantir que o PL vai oferecer uma alternativa para o cidadão fluminense em 2026. A rigor, a data limite é na convenção, mas a gente espera já ter um nome bem encaminhado até o começo do ano”.
Presidente do PL diz que desentendimento ‘bagunçou o jogo’ do partido no Rio
Listou, ainda, quem vai tomar a decisão pelo partido.
“São muitos personagens que devem ser ouvidos para orientar essa escolha. Em primeiro lugar, o (ex)-presidente (Jair) Bolsonaro. Mesmo estando silenciado, ele é, e continuará sendo, o grande líder não apenas da direita, mas também do Partido Liberal. E, evidentemente, o senador Flávio (Bolsonaro); o governador Cláudio Castro; o presidente Altineu (Côrtes). A gente espera, inclusive, fazer a pesquisa para ajudar nessa escolha, para que nós tenhamos o nome mais viável para enfrentar esse duro candidato que será o Eduardo Paes”, disse Bonetti.
O presidente do PL explicou que já era para o partido ter o seu aspirante sacramentado, mas que o cenário no Rio não permitiu:
“Nós tivemos algumas questões internas. O grande maestro da política de um estado é o governador, e o governador Cláudio Castro tinha trabalhado por um nome, com o qual ele se desentendeu. E isso deu uma bagunçada no jogo. Mas a direita teve e continua tendo excelentes alternativas a oferecer ao cidadão do Estado do Rio de Janeiro, e isso será feito”.
