Presa no Rio por associação ao tráfico, estudante de veterinária publicava vídeos dançando e em academias: ‘Apaixonada por mim mesma’

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Beatriz Leão Montibeller Borges é investigada por associação ao tráfico — Foto: Reprodução


Presa na última sexta-feira na Zona Oeste do Rio, Beatriz Leão Montibeller Borges, de 25 anos, é investigada por associação ao tráfico no Paraná, no Sul do país. Segundo a polícia paranaense, ela é namorada de um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) naquele estado e, desde março, estava foragida da Justiça. No TikTok, Beatriz compartilhava vídeos dançando, treinando em academias e posando de biquínis para um público de cerca de 2,6 mil pessoas.

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O conteúdo com mais visualizações, publicado em 8 de janeiro deste ano, mostra Beatriz sentada numa espreguiçadeira, usando biquíni rosa-claro e bandana na cabeça. Na mão esquerda, ela segurava uma taça que parecia conter bebida alcoólica. O registro teve 53 mil visualizações e mais de 130 comentários.

Beatriz Leão Montibeller Borges postava vídeos dançando e fazendo musculação — Foto: Reprodução

No mesmo mês, outro vídeo alcançou mais de 17 mil visualizações. Beatriz aparece de short e top branco dançando ao som de “Oh Garota Eu Quero Você Só Pra Mim”, do rapper Oruam, preso desde 22 de julho.

Em agosto de 2024, ela publicou uma foto de biquíni em frente a um espelho num lugar que lembra um quarto de hotel. Como legenda, brincou: “Eu apaixonada por mim mesma? Sim!” À época, Beatriz não estava foragida.

Além do repertório de biquínis, ela também dedicava vídeos à rotina de musculação. Entre os exercícios compartilhados estão agachamentos, flexões e de força para as costas.

Beatriz Leão Montibeller Borges é apontada como namorada de um dos chefes do PCC no Paraná — Foto: Reprodução
Beatriz Leão Montibeller Borges é apontada como namorada de um dos chefes do PCC no Paraná — Foto: Reprodução

Em suas redes sociais, Beatriz afirma que é natural do município gaúcho de Bagé, mas mora atualmente em Curitiba. Na capital paranaense ela está matriculada em uma faculdade de medicina veterinária. A investigada também tem três empresas em seu nome: uma para realizar “atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral, exceto imobiliários”, outra no ramo de comércio varejista de roupas e acessórios, e a terceira é uma casa de festas.

A prisão de Beatriz Leão Montibeller Borges aconteceu num apartamento de luxo em Jacarepaguá, na Zona Oeste. A Polícia Civil do Paraná (PCPR) afirma que, naquele estado, ela é conhecida pelo apelido “musa do tráfico”.

Segundo o delegado da PCPR Thiago Andrade, responsável pela investigação, ela namora um dos chefes do PCC no Paraná, quem a teria introduzido no crime. Além de associação ao tráfico, Beatriz também será indiciada por lavagem de dinheiro, já que apontada como organizadora das finanças da facção.

— Ele (o chefe do PCC), inclusive, acabava bancando essa vida luxuosa que ela ostentava nas redes sociais. Viagens, faculdades, academia, tudo isso era bancado pelo dinheiro do crime. Então, nós representamos pela prisão preventiva dessa mulher e foi expedida. Ela fugiu do Paraná e nós estávamos levantando informações sobre ela — afirmou o delegado.



Conteúdo Original

2025-09-02 04:30:00

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