Prefeitura do Rio retira verba da Comlurb para bancar Réveillon e acende alerta de colapso na limpeza urbana

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A festa da virada de 2026 terá mais brilho, mas será às custas da limpeza da cidade? É o que denuncia o vereador Fernando Armelau (PL). A Prefeitura do Rio reforçou em R$ 33 milhões o orçamento da Riotur para o Réveillon, conforme decreto publicado no Diário Oficial em 4 de dezembro. Do montante, R$ 16,8 milhões foram retirados diretamente da folha de pagamento da Comlurb, responsável pela limpeza antes, durante e depois da celebração. Os outros R$ 16,2 milhões vieram de receitas próprias da Riotur.

A medida foi criticada pelo vereador, que acompanha de perto a execução orçamentária da prefeitura. Ele lembra que os garis da Comlurb já enfrentam há anos salários defasados, falta de material e condições precárias de trabalho, apesar de a companhia deter o terceiro maior orçamento municipal.

“Tirar dinheiro justamente da folha de pagamento pode piorar ainda mais a situação”, alerta Armelau.

Para o parlamentar, o corte é incoerente: a mesma empresa que terá de garantir a limpeza da cidade durante o Réveillon foi a escolhida para perder recursos.

Dívidas sufocam a companhia

Além do remanejamento para a festa, Armelau já ahavia denunciado outro corte: R$ 18,4 milhões do orçamento da Comlurb foram destinados ao pagamento de dívidas judiciais e precatórios. Entre 2021 e 2025, a companhia, segundo ele, desembolsou R$ 420 milhões em processos judiciais, enquanto investiu apenas R$ 25,3 milhões na coleta seletiva.

“A cidade continua perdendo capacidade de investir em serviços essenciais, enquanto a Comlurb se vê abarrotada em dívidas”, disse o vereador.

Greve expõe fragilidade

No último dia 1º, cerca de 200 motoristas terceirizados da Comlurb cruzaram os braços na garagem da Estrada do Engenho D’Água, em Jacarepaguá. A paralisação atingiu caminhões de coleta que atuam no Centro, Zona Sul e Zona Sudoeste.

Os trabalhadores reivindicavam adicional de insalubridade, pagamento de horas extras e aumento da cesta básica de R$ 211 para R$ 260. A greve escancarou a fragilidade da companhia, pressionada por cortes orçamentários e insatisfação trabalhista.
Contexto crítico

Colapso anunciado

Com dívidas crescentes, cortes na folha de pagamento e greves de trabalhadores, a Comlurb vê sua capacidade de operação se esgotar. O vereador alerta para um possível colapso anunciado na limpeza urbana do Rio, deixando a população sem garantia de serviços básicos em meio ao brilho da festa que consome cada vez mais recursos públicos.



Com informações da fonte
https://coisasdapolitica.com/politica/15/12/2025/prefeitura-do-rio-retira-verba-da-comlurb-para-bancar-reveillon-e-acende-alerta-de-colapso-na-limpeza-urbana

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