O deputado estadual Felippe Poubel (PL) protocolou um ofício no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciando irregularidades no chamamento público nº 05/2025, voltado à contratação de uma Organização Social (OS) para gerir unidades de urgência e emergência no município de Maricá.
Poubel classificou o caso como parte de uma “Máfia da Saúde” e afirmou ter identificado indícios de favorecimento a determinados grupos. Segundo o parlamentar, a denúncia possui base documental e levou à suspensão imediata do processo, que estava previsto para ocorrer em 30 de setembro.
De acordo com ele, as investigações apontam uma ligação entre a Organização Social Mahatma Gandhi e a Fundação de Atendimento à Saúde (FAS). O deputado afirma que ex-funcionários da Mahatma Gandhi, responsáveis por antigos contratos com a Prefeitura de Maricá, atualmente ocupam cargos na FAS.
Poubel anunciou que divulgará nomes e documentos que, segundo ele, comprovariam um suposto direcionamento para beneficiar a FAS na disputa, cujo valor estimado é de R$ 440 milhões. “Eles mudaram o edital, alteraram itens para favorecer a FAS. A FAS é OS Mahatma e a OS Mahatma é a FAS. São duas siglas, mas a mesma organização criminosa. Quem rouba dinheiro da saúde, não rouba só dinheiro, rouba vidas — e é isso que estão fazendo em Maricá”, declarou.
O deputado também fez críticas ao atendimento no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, afirmando que as falhas no serviço colocam pacientes em risco. “O atendimento que acontece ali é uma carnificina. Eu vou continuar de lupa para impedir que roubem a população maricaense. Conte comigo sempre”, completou.
Até o momento, a Prefeitura de Maricá não se manifestou sobre as acusações nem sobre os próximos passos do chamamento público.

