Decon tenta prender a enfermeira Sabrina Rabetin Serri, de 39 anos - Divulgação/Disque Denúncia
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Decon tenta prender a enfermeira Sabrina Rabetin Serri, de 39 anos – Divulgação/Disque Denúncia
Decon tenta prender a enfermeira Sabrina Rabetin Serri, de 39 anosDivulgação/Disque Denúncia
Rio – A Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon) tenta prender, nesta quarta-feira (15), a enfermeira Sabrina Rabetin Serri, de 39 anos. A profissional foi indiciada por homicídio qualificado e exercício ilegal da medicina, após a morte de uma jovem durante um procedimento estético, no mês passado. A Justiça do Rio expediu um mandado de prisão preventiva contra ela, que já é considerada foragida.
A Polícia Civil indiciou Sabrina em 1º de outubro, durante uma operação que apurava falhas na cirurgia de Marilha Menezes Antunes, 28. Na ocasião, ela chegou a ser conduzida para prestar esclarecimentos na Decon e acabou liberada. A profissional aplicou o anestésico na paciente, o que não é permitido na função dela. A 1ª Vara Criminal da Capital autorizou a prisão, nesta terça-feira (14), e agentes já realizaram buscas em endereços ligados à enfermeira, mas ela não foi encontrada.
“Ontem nós procuramos em endereços conhecidos, não foi localizada e já é considerada foragida, o mandado de prisão dela já está publicado. Hoje, vamos tentar fazer a prisão em outros locais”, afirmou o delegado titular da especializada, Wellington Pereira Vieira.
Para ajudar o trabalho da delegacia, o Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações sobre o paradeiro de Sabrina. As informações podem ser passadas pela Central de Atendimento, nos telefones 2253-1177 e 0300-253-1177, no WhatsApp Anonimizado (21) 2253-1177 e pelo aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.
Sabrina Rabetin Serri, de 39 anos, é considerada foragido da JustiçaDivulgação/Disque Denúncia
Entenda o caso
No dia 8 de setembro, a técnica de Segurança do Trabalho Marilha Menezes Antunes, de 28 anos, passou por uma hidrolipoenxertia no glúteo, no Centro Médico Amacor Saúde, em Campo Grande, na Zona Oeste, após juntar dinheiro para dar o procedimento a si mesma como presente de aniversário. A vítima, no entanto, sofreu uma parada cardiorrespiratória e socorristas não conseguiram reanimá-la. A Polícia Civil aponta que houve erro médico.
Aos socorristas, o médico que fez o procedimento em Marilha disse que a ação de tentativa de socorro foi muito rápida e a vítima entubada. Entretanto, familiares afirmam que a jovem não recebeu assistência e que houve demora para acionar ajuda. Segundo uma irmã, José Emílio de Brito omitiu ter perfurado um órgão da vítima, afirmando apenas que ela havia sofrido uma broncoaspiração e parada cardíaca.
O laudo da necropsia concluiu que a técnica morreu por choque hipovolêmico, hemorragia interna e ação perfuro contundente. No dia 10 de outubro, duas gerentes do centro médico foram presas em flagrante e medicamentos vencidos encontrados no centro cirúrgico, na farmácia e no carrinho de parada cardíaca, que estava no local em que a jovem morreu. Em outras salas, também havia remédios sem a devida identificação de validade e origem. O estabelecimento acabou interditado.
José Emílio também foi preso em casa, na Tijuca, Zona Norte, no dia 15 de outubro. Ele vai responder pelos crimes de homicídio e falsidade ideológica. Além da Polícia Civil, a morte da técnica é investigada ainda pelo Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), que realizou uma fiscalização na clínica. Uma sindicância foi aberta para apurar os fatos e o procedimento corre em sigilo. Parentes destacam que Marilha era saudável e havia completado 28 anos em 1º de setembro. Ela deixou um filho de 6 anos.