Polícia procura criminosos envolvidos em morte de PM no Complexo do Chapadão

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Rio – O Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações para localizar e prender os envolvidos na morte de um policial militar. O subtenente Anderson de Souza Figueira, de 43 anos, foi baleado durante uma operação no Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio, nesta segunda-feira (1º), e chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Na manhã desta terça-feira (2), o policiamento segue reforçado na região. 
O caso é acompanhado pelo Núcleo de Investigações de Morte de Agentes de Segurança, da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). O agente era lotado no 41º BPM (Irajá) e participava da operação para coibir as disputas territoriais entre facções rivais e roubos de veículos e cargas. Junto com uma equipe, ele fazia buscas em uma igreja, na Rua Javatá, entre as localidades Final Feliz e Himalaia, em Anchieta, para prender lideranças do tráfico, quando foram alvos de tiros. 
Durante a troca de tiros com os criminosos, o subtenente acabou atingido na região acima do colete, próximo ao pescoço, por homens escondidos no banheiro do templo. Figueira chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, também na Zona Norte, mas chegou já sem vida à unidade. Além do PM, dois suspeitos também morreram. Fuzis, drogas, coletes balísticos, radiotransmissores, carregadores e granadas foram apreendidos. 
O 41º BPM lamentou a perda do agente. “Dedicado policial militar que ao longo de sua trajetória sempre honrou com bravura, profissionalismo e comprometimento a farda que vestia”. O policial estava na corporação desde 2002, deixa a mulher e dois filhos. O corpo do militar será sepultado às 15h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste. O Disque Denúncia recebe informações pela Central de Atendimento, nos telefones (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177; pelo WhatsApp Anonimizado, no (21) 2253-1177; e pelo aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.
Subtenente Anderson de Souza Figueira estava na PM desde 2002 e deixa mulher e filhosDivulgação/Disque Denúncia

Rotina de violência
Além do intenso tiroteio, bandidos usaram dois ônibus como barricada para bloquear a Avenida Chrisóstomo Pimentel de Oliveira, antiga Estrada do Rio do Pau, entre os bairros de Anchieta e Pavuna. Segundo a Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro (Semove), o motorista de um coletivo da empresa Master foi obrigado a atravessar o veículo na pista e entregar as chaves. Há meses, a região vive uma rotina de violência, por conta da guerra entre traficantes do Chapadão, ligados ao Comando Vermelho (CV), contra criminosos do Complexo da Pedreira, dominado pelo Terceiro Comando Puro (TCP). 
Em 2025, o Disque Denúncia recebeu 131 informações sobre o Complexo do Chapadão, um dos principais redutos do CV no Rio e uma das comunidades mais violentas da capital. Dois dos principais líderes da região estão foragidos. Davi da Conceição Carvalho, o “Davi do Chapadão” ou “Pinóquio”, que antes de ser preso, em 2014, liderava o tráfico na comunidade Final Feliz, uma das principais base da facção. Já Saulo Cristiano, o “SL”, braço direito do traficante Luís Fernando Nascimento Ferreira, o “Nando Bacalhau”, é considerado um dos principais gerentes de drogas do local. 



Conteúdo Original

2025-09-02 08:09:00

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