A Polícia Civil realizou na manhã desta quarta-feira uma operação para desarticular quadrilha especializada em roubos e furtos de celulares na Zona Sul do Rio. As investigações mostraram que eles também cometiam crimes nos bairros da Grande Tijuca. Além de roubar celulares, principalmente, eles pegavam os dados das vítimas, faziam transferências e compravam produtos para revender. Seis pessoas foram presas na ação.
- Extensa folha criminal: Porteiro ajuda prender na Gávea homem acusado de furtar prédios na Zona Sul; suspeito tem 36 passagens pela polícia
- Acidente: Passarela cai sobre carro após colisão na Rio–Teresópolis e mata motorista
As investigações mostram também que os criminosos utilizavam motocicletas para abordar pedestres e motoristas, principalmente nos bairros da Gávea, Jardim Botânico e Lagoa. Ainda segundo as investigações, após os roubos, a quadrilha realizava compras em grandes lojas e plataformas digitais, antes que o cartão fosse bloqueado ou a vítima conseguisse comunicar a fraude.
—Essa organização criminosa tinha o propósito de roubar celulares. Durante toda essa semana, foi feita a segunda etapa da Operação Rastreio. E a 15ª DP (Gávea), durante a semana, também cumpriu mandados e busca apreensões referentes a essa organização criminosa, que atua roubando e furtando celulares de pedestres e até mesmo de pessoas dentro de veículos — disse a delegada Daniela Terra, responsável pela operação.
- Operação contra roubo e desmanche de carros deixa dois feridos e dois mortos na Vila Kennedy; droga é encontrada em escola
A delegada contou que os suspeitos preferem agir com motocicletas para tornar a fuga mais rápida e fácil.
— Eles abordam as vítimas, usam arma de fogo para ameaçar, pedem não só o celular, mas também a senha do celular e também os objetos de joias que eles estão usando naquele momento — afirmou a delegada.
Segundo a polícia, as mercadorias eram entregues dentro de comunidades ou em casas de familiares e terceiros que emprestam suas contas e endereços, recebendo pagamento fixo pelo serviço criminoso. Posteriormente, os produtos eram revendidos por valores abaixo dos praticados no mercado.
- Banco Master: ‘Todo investimento possui riscos’, alegou presidente do Rioprevidência ao justificar compra de quase R$ 1 bilhão em títulos do Banco Master
No caso das joias, ourives entravam nas comunidades dominadas pelo Comando Vermelho, como o Complexo do Lins, e compravam o ouro roubado por valores inferiores, tanto para revenda como para fabricação de cordões e peças que os próprios criminosos ostentam.
A operação, que teve início na véspera teve como alvo também aqueles que emprestam contas bancárias, recebem mercadorias, fornecem endereços para entrega ou intermedeiam a circulação dos produtos ilícitos. Segundo a investigação continua para identificar outros integrantes, aprofundar a apuração da lavagem de dinheiro e desarticular o fluxo financeiro e logístico da organização.
