Polícia investiga se licitação milionária da Prefeitura de Praia Grande motivou execução de ex-delegado

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Segundo o g1, uma das suspeitas da Polícia é que a licitação, que tinha como objetivo o registro de preços para comprar equipamentos destinados à ampliação do sistema de videomonitoramento e de Wi-Fi da cidade, pode ter motivado o homicídio do então secretário.

O pregão tinha valor de R$ 24,8 milhões, foi aberto em 1º de setembro e encerrado no dia 15, quando ficou definido que três empresas haviam sido habilitadas: uma venceu três itens e as outras duas, dois cada. Após a apresentação das propostas, o valor final da contratação ficou abaixo de R$ 20 milhões.

Na semana passada, cinco pessoas que trabalham na Prefeitura de Praia Grande foram alvos de busca e apreensão, entre eles o subsecretário de Gestão e Tecnologia, Sandro Rogério Pardini. Na ocasião, foram apreendidos celulares e computadores para apurar eventuais irregularidades em licitações públicas no município.

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A outra linha de investigação é se a motivação do crime foi a atuação de Ruy Ferraz como ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, cargo que ele ocupou entre 2019 e 2022. Antes, ele atuou do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), onde atuou em investigações contra o crime organizado, incluindo a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Em nota, a Prefeitura de Praia Grande informou que tem ciência das duas frentes de investigação e diz que “mantém contato constante com a Polícia Civil e está colaborando integralmente com as investigações, fornecendo imagens, informações e demais materiais solicitados”.

Até o momento, cinco pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no crime. Nesta semana, o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, anunciou a prisão de Felipe Avelino da Silva, conhecido como “Mascherano” e integrante do PCC. Ele foi preso em Cotia, na Grande São Paulo, e seu DNA foi encontrado em um dos carros usados no crime, um Jeep Renegade cinza. Os criminosos tentaram queimar o veículo depois do assasinato, sem sucesso. O carro foi encontrado pela polícia fechado e ligado, com a chave no contato.

Além de Mascherano, foram presos Dahesly Oliveira Pires, suspeita de transportar um fuzil do crime; Luiz Henrique Santos Batista, o “Fofão”, integrante do PCC suspeito de participação na logística do crime; Rafael Marcell Dias Simões, integrante da facção na Baixada Santista; e William Silva Marques, dono do imóvel em Praia Grande que teria sido usado pelos criminosos e onde Dahesly buscou o fuzil.

Outro suspeito, Umberto Alberto Gomes, de 39 anos, foi morto pela polícia durante uma operação no Paraná. Ele é apontado como o possível atirador na execução de Ruy Ferraz.



Com informações da fonte
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/10/11/policia-investiga-se-licitacao-milionaria-da-prefeitura-de-praia-grande-motivou-execucao-de-ex-delegado.ghtml

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