Fábio Fernando da Silva dormia ao lado da entrada da estação de Irajá quando foi morto a tirosÉrica Martin/Agência O Dia
Rio – A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) identificou um dos homens em situação de rua executados em Irajá, na Zona Norte do Rio. O crime aconteceu na madrugada desta sexta-feira (17), quando três criminosos atiraram contra pessoas que dormiam embaixo dos trilhos suspensos do metrô, ao lado da entrada da estação. Os disparos atingiram três vítimas, duas delas morreram no local e uma sobreviveu.
A Polícia Civil identificou Fábio Fernando da Silva como um dos mortos. A segunda vítima ainda não foi identificada oficialmente e os corpos seguem no Instituto Médico Legal (IML). A DHC realiza diligências para apurar a autoria e a motivação do crime. Até o momento, a especializada já sabe que foram três atiradores, que saltaram de um carro na Avenida Pastor Martin Luther King Jr., se aproximaram e atiraram à queima-roupa, com um fuzil e duas pistolas de calibres diferentes.
A outra vítima morta seria Etevaldo Bispo dos Santos, 52. Relatos de moradores afirmam que ele sofria com sequelas de um AVC e tinha uma ex-mulher, que teria voltado para Salvador, onde ele nasceu. Conhecido como “Bahia”, ele costumava participar de oficinas e ensaios do Movimento Afro Cultural Batikum Ilu Odara. Segundo um dos membros do grupo, o homem era deficiente e dizia ter sido percussionista em sua cidade natal. Um apelo feito nas redes sociais tenta localizar familiares para realizar o sepultamento, já que ele não tinha documentos e parentes no Rio de Janeiro.
Fábio Fernando e Etevaldo foram encontrados já sem vida pelo Corpo de Bombeiros, mas Jaílton Matias Anselmo, de 37 anos, socorrido com vida. A vítima precisou ser encaminhada ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, também na Zona Norte, em estado grave. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que não tem autorização da família do paciente para informar sobre o estado de saúde dele.
