Museu do Louvre está fechado desde o roubo de joias no domingo (19)AFP
A polícia francesa localizou novos indícios materiais que podem ajudar a identificar os autores do roubo de joias do Museu do Louvre, em Paris. Os investigadores da Brigada de Repressão ao Banditismo (BRB) e do Escritório Central de Combate ao Tráfico de Bens Culturais (OCBC) encontraram um capacete de motocicleta e uma luva que teriam sido usados pelos criminosos durante a ação, ocorrida na manhã de domingo, 19. As informações são do jornal Le Parisien.
Segundo o veículo francês, o material foi encaminhado para análises da polícia científica. As autoridades também recuperaram as chaves e parte do equipamento do caminhão guindaste utilizado pelos ladrões para acessar as janelas da Galeria de Apolo, onde estavam expostas as joias da monarquia francesa.
O veículo, equipado com uma plataforma elevatória, havia sido roubado de um vendedor que o anunciava no site francês Leboncoin, equivalente da OLX.
O proprietário reconheceu o equipamento nas imagens exibidas pelas emissoras de TV após o roubo. Ele afirmou ter sido agredido pelos falsos compradores, que fugiram com o maquinário sem pagar o valor combinado. O anúncio estava associado a um vendedor da cidade de Louvres, no departamento de Val-d’Oise, região próxima ao aeroporto de Roissy, nos arredores da capital
Além dos objetos abandonados, os investigadores seguem analisando depoimentos e imagens de câmeras de segurança para rastrear os quatro criminosos, que chegaram e fugiram em scooters. A ação durou cerca de sete minutos.
Pelo menos 60 investigadores estão mobilizados para localizar os suspeitos, enquanto o Louvre permanece fechado ao público nesta segunda-feira, 20.
O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, reconheceu falhas na segurança do museu e afirmou que o episódio “projeta uma imagem muito negativa do país”. “O certo é que falhamos”, declarou à rádio France Inter. Já o presidente Emmanuel Macron classificou o roubo como uma “violação do patrimônio francês”.
A Galeria de Apolo abriga parte do que restou do tesouro da monarquia francesa, incluindo o diamante Régent, de 140 quilates, que não foi alvo do ataque, segundo a Procuradoria de Paris.
Entre as joias roubadas estão a tiara e o colar de safiras dos conjuntos pertencentes às rainhas Marie-Amélie e Hortense, além de um par de brincos das mesmas coleções. Também desapareceram o colar de esmeraldas e o par de brincos da imperatriz Maria Luísa, o broche relicário, a tiara e o grande laço de corpete da imperatriz Eugênia.