A Polícia Civil de São Paulo prendeu Felipe Avelino da Silva, o “Mascherano”, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) apontado como um dos criminosos envolvidos na execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, em Praia Grande, no último dia 15.
Acusado de comandar o PCC no ABC Paulista, Mascherano foi preso em Cotia, na Grande São Paulo.
Vestígios do DNA de Mascherano foram encontrados em um dos carros usados no crime, o Jeep Renegade cinza. O criminosos tentaram queimar o veículo depois do assasinato, sem sucesso. O carro foi encontrado pela polícia fechado e ligado, com a chave no contato.
A informação da prisão foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (6).
— Aparentemente, não tem nenhum indício de que ele estava naquele veículo SUV preto que aparece em desenhos dos atiradores, mas estava num outro veículo que também foi utilizado, algo que me parece para dar cobertura para aqueles indivíduos que eram realmente os atiradores. De toda forma, coloca ele diretamente na cena do crime e é uma importante prisão para nós. Até porque é um integrante do Primeiro Comando da Capital, que já foi preso por tráfico de drogas duas vezes, foi preso por roubo e ele exercia uma função de disciplina na região de São Bernardo do Campo, ele é uma figura relevante no PCC na região da ABC — afirmou Derrite.
Mascherano é o quinto preso por envolvimento na morte do ex-delegado-geral. Também já foram presos Dahesly Oliveira Pires, suspeita de transportar um fuzil do crime; Luiz Henrique Santos Batista, o “Fofão”, membro do PCC suspeito de participação na logística do crime; Rafael Marcell Dias Simões, integrante da facção na Baixada Santista; e William Silva Marques, dono do imóvel em Praia Grande que teria sido usado pelos criminosos e onde Dahesly buscou o fuzil.
Além deles, Umberto Alberto Gomes, de 39 anos, foi morto pela polícia durante uma operação no Paraná. Ele é apontado como o possível atirador na execução de Ruy Ferraz.
Derrite ressaltou que a Polícia Civil de São Paulo continua considerando possíveis as duas linhas de investigação para a morte de Fontes: sua atuação, como delegado, no combate ao PCC; e seu trabalho mais recente à frente da Secretaria de Administração de Praia Grande.