Operação foi realizada pela 37ª DP (Ilha do Governador)Érica Martin / Agência O Dia
Rio – A Polícia Civil cumpriu, nesta quinta-feira (16), mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao contraventor Vítor Pereira Lajas e ao policial militar Sandro Badaró de Oliveira na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, em Jacarepaguá, na Zona Sudoeste, e na Ilha do Governador, na Zona Norte. Na residência de Vítor, que segue foragido, os agentes apreenderam R$ 330 mil em dinheiro vivo, três computadores, uma máquina de contar dinheiro e celular, além de uma quantia em moeda estrangeira.
Vítor Lajas é apontado como mandante da tentativa de homicídio contra Gláucio Raimundo Cardoso, que aconteceu no dia 29 de agosto na Praia da Bica, na Ilha do Governador. Sandro Badaró foi preso em flagrante por ter atirado contra a vítima e, atualmente, segue custodiado em prisão preventiva pelo crime.
As investigações apontam que Vítor, liderança de um grupo criminoso que atua na exploração de jogos de azar e máquinas caça-níqueis, ordenou a execução de Gláucio por considerá-lo um obstáculo. Imagens de câmeras de segurança mostram que a vítima foi monitorada pelos bandidos.
No dia do atentado, por volta das 22h, Sandro ficou atrás de uma árvore próxima a um restaurante onde o alvo do ataque jantava com a mulher. Assim que o casal deixou o estabelecimento, o policial se aproximou e atirou nas costas de Gláucio, que reagiu e baleou o PM.
O militar fugiu de moto e buscou atendimento em um hospital. Na unidade de saúde, a vítima identificou Sandro como autor dos disparos e segurança de Vítor Lajas, o que a polícia confirmou com imagens e depoimentos.
As investigações apontam indícios de ações com objetivo de destruir provas. Além disso, nesta quinta-feira, os agentes da 37ª DP (Ilha do Governador) encontraram uma documentação referente à cidadania portuguesa de Vítor, sugerindo uma possibilidade de fuga do país.
Além de Lajas e Sandro, os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão contra Anderson de Oliveira Santos, o Passarinho, e o ex-policial militar Raphael Vieira Rangel, integrantes da organização criminosa.
De acordo com a Polícia Civil, Anderson exerce um a função de gerente das atividades ilícitas, atuando na administração de pontos de exploração de jogos de azar e repassando ordens aos subordinados. Já Raphael seria o chefe de segurança das operações da quadrilha, coordenando o braço armado e garantindo proteção aos líderes.