Polícia Ambiental flagra extração ilegal de areia e destruição de vegetação na Praia do Pepê, na Barra

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Caminhão e retroescavadeira usados na operação ilegal foram apreendidos pela Polícia Ambiental na na Praia do Pepê, Zona Sudoeste do Rio — Foto: Divulgação


Um esquema de extração irregular de areia e retirada de vegetação nativa foi descoberto na Praia do Pepê, na Zona Sudoeste, na madrugada desta sexta-feira. Um caminhão e uma retroescavadeira eram utilizados na atividade ilegal.

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O flagrante foi realizado por policiais do Comando de Policiamento Ambiental (CPAM). Segundo a corporação, os operadores não apresentaram a documentação exigida por lei para a execução do serviço.

Três pessoas foram conduzidas à 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca) para prestar esclarecimentos, e as máquinas foram apreendidas pelas autoridades. Uma perícia foi realizada no local e um inquérito foi instaurado para apurar os fatos.

Extração ilegal de areia é flagrada na Praia do Pepê

Histórico de irregularidades ambientais

O episódio desta sexta-feira se soma a um histórico recente de remoção de vegetação de restinga e ocupação irregular na orla da Zona Sudoeste. Estudos recentes da UFRJ alertam que a expansão urbana e a ocupação irregular podem aumentar os riscos de erosão e ressacas, gerando impactos semelhantes aos observados no Leblon.

No dia 29 de setembro, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública contra o Clássico Beach Club Downwind e a escola DKS Kite School, apontando instalação de deques, banheiros, mesas, espreguiçadeiras e cercas na areia, além do uso de grama natural e sintética em áreas proibidas, restrição ao acesso da população e progressiva destruição da vegetação de restinga. A ação também cita falhas da Orla Rio, do município e da União na fiscalização e licenciamento. O MPF solicita a remoção das estruturas irregulares, a recuperação da vegetação e a garantia de livre acesso à população.

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No mesmo dia 29, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima (Smac) notificou 67 quiosques na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes por ocupação desordenada, em uma ação educativa e estratégica, realizada em parceria com a concessionária Orla Rio, na qual os responsáveis foram informados de que teriam prazo de 30 dias para adequação. Entre as exigências estavam a retirada de ocupações irregulares, a recuperação da vegetação de restinga e a adequação das estruturas sobre áreas sensíveis. Para orientar os concessionários, a Smac instalou uma base de atendimento na sede da Área de Proteção Ambiental (APA) da Orla Marítima.



Com informações da fonte
https://oglobo.globo.com/rio/bairros/barra/noticia/2025/10/10/video-policia-ambiental-flagra-extracao-ilegal-de-areia-e-destruicao-de-vegetacao-na-praia-do-pepe-na-barra.ghtml

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