o que se sabe sobre assassinato de ativista conservador nos EUA?

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O evento, chamado American Comeback Tour, tinha início previsto para o meio-dia e marcava a primeira parada de uma série de 15 apresentações em universidades americanas.

O que se sabe sobre a morte de Charlie Kirk?

Vídeos capturados no local mostram que o disparo ocorreu cerca de 20 minutos após Kirk começar a falar. Nas imagens, é possível ver uma pessoa correndo pelo telhado do Losee Center, a aproximadamente 150 metros de distância.

Após o ataque, o campus foi fechado, as aulas suspensas e as autoridades iniciaram escolta de estudantes e funcionários prédio a prédio. Kirk foi levado em veículo particular a um hospital, onde foi declarado morto por Beau Mason, comissário do Departamento de Segurança Pública de Utah.

Até o momento, duas pessoas chegaram a ser detidas, mas foram liberadas sem acusações relacionadas ao crime. O FBI afirmou que um suspeito chegou a ser detido, mas também foi liberado, e a investigação segue em andamento.

O assassinato de Kirk acendeu temores sobre o aumento da violência política nos Estados Unidos. Especialistas destacam que a polarização crescente e a retórica agressiva nas redes sociais têm alimentado um clima de radicalização e justificativa de ataques entre apoiadores de diferentes espectros políticos.

Nas horas seguintes ao crime, mensagens de revolta e pedidos de vingança se espalharam entre grupos da direita, enquanto postagens de celebração surgiram à esquerda, intensificando o clima de tensão.

Entre declarações, o presidente dos Estados Unidos e aliado de Kirk, Donald Trump, disse que “anos de retórica daqueles da esquerda radical têm comparado americanos maravilhosos como Charlie a nazistas e aos piores criminosos do mundo. Esse tipo de retórica é diretamente responsável pelo terrorismo que estamos vendo em nosso país hoje, e precisa parar imediatamente”.

Especialistas como Robert Pape, professor de ciência política da Universidade de Chicago, alertam que os Estados Unidos são, basicamente, um país “prestes a explodir”.

— Estamos vendo uma política mais radicalizada e mais apoio à violência do que em qualquer outro momento desde que começamos a fazer esses estudos nos últimos quatro anos — diz.

Por outro lado, o médico Garen Wintemute, da Universidade da Califórnia em Davis, destacou que “A tarefa que todos nós enfrentamos é impedir que os extremistas nos arrastem para o precipício com eles”.