O GLOBO celebra 100 anos em missa especial de Ação de Graças

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— Nos dias de hoje, em que a informação circula à velocidade da luz e as vozes se multiplicam ao ponto da confusão, o compromisso com a verdade tornou-se não apenas nobre, mas vital. O evangelho que ouvimos nesta liturgia nos recorda a essência da missão: “Não fostes vós que me escolhestes, fui eu que vos escolhi, para que deis fruto e o vosso fruto permaneça” (João 15:16). Frutos que permanecem são aqueles que nascem do amor à verdade. E é essa fidelidade que torna O GLOBO uma árvore enraizada na história brasileira — frisou Padre Jorjão em seu texto, lido pelo seminarista da Arquidiocese do Rio Alexandre Crof.

João Roberto Marinho, presidente do Grupo Globo; Gisela Marinho; Roberto Marinho Neto, CEO da Globo Ventures; Fiorella Mattheis — Foto: Ana Branco

O GLOBO teve sua primeira edição publicada em 29 de julho de 1925. João Roberto Marinho, presidente do Conselho de Administração e presidente do Grupo Globo, agradeceu a todos que fizeram parte da construção do centenário e reforçou seu orgulho pelo legado da família. O jornal foi criado por seu avô, Irineu Marinho, e depois dirigido por seu pai, Roberto Marinho, a partir de 1931. Durante a cerimônia, a emoção tomou conta dos convidados.

— No centenário, quanto mais a gente revisita nossa história, mais encontra a nossa essência desde o início, desde o meu avô, Irineu Marinho, a quem meu pai sempre fez tanta referência durante a vida. Ao ler a história dele, ao se aprofundar na pesquisa, a gente encontra nossa personalidade, o que é a nossa essência, o desejo de servir, de construir um país melhor. Tem sido uma experiência incrível este ano para nós — disse João Roberto Marinho.

O presidente do Grupo Globo reforçou ainda o compromisso de preservar os valores fundamentais do jornalismo profissional e destacou o papel do GLOBO num tempo de rápida circulação de notícias e de combate às fake news.

— O jornalismo profissional é feito com ciência, tecnologia, para se fazer bem feito, procurar sempre a verdade. Isso é fundamental e vai continuar sendo. Nosso papel e o das empresas que têm o jornalismo organizado profissional vai continuar sendo até mais importante para a sociedade do futuro. Este é o ano 1 do futuro: agora as novas gerações estão chegando para levar essa obra adiante — afirmou João Roberto Marinho. — Estamos muito entusiasmados. E é isso, a tecnologia vai variando, o ambiente vai mudando, a competição também, mas a essência é sempre a mesma: buscar fazer um trabalho sério de informação crível, em ambiente saudável, para que as famílias possam se divertir. Este é o nosso propósito.

‘Coragem e amor pela comunicação’

Após a homilia do Padre Jorjão, Roberto Marinho Neto, CEO da Globo Ventures, leu bastante emocionado as Preces da Comunidade, durante as quais agradeceu pelos 100 anos do GLOBO e pelas vidas de seu bisavô Irineu e do avô Roberto, “que lançaram as raízes da história (jornalística) com visão, coragem e amor pela comunicação”.

Também foram feitos pedidos de oração pelos profissionais do Grupo Globo, jornalistas, diretores, técnicos, colaboradores e funcionários, para que, “contribuam com ética, respeito e responsabilidade para um Brasil mais justo e informado”.

Em discurso após a liturgia, José Roberto Marinho, vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo e presidente da Fundação Roberto Marinho, celebrou a trajetória centenária do jornal e destacou como um dos valores fundamentais da empresa “colocar as pessoas no centro de tudo”. Foram citados nominalmente jornalistas com mais de 30 anos de trabalho na empresa, entre eles Merval Pereira e Miriam Leitão, colunistas do GLOBO, e Ali Kamel, ex-diretor do GLOBO e da TV Globo e integrante do Conselho Editorial do grupo. O funcionário mais antigo do jornal, com 60 anos de serviços prestados, o ilustrador Marcelo Monteiro, de 90 de idade, também foi homenageado.

— Desde o início (temos este valor), o meu avô perdeu o jornal que ele tinha em um pequeno golpe, e todos os talentos que estavam lá acompanharam ele no novo jornal, por conta dessa relação que a gente mantém com os nossos profissionais. Ele fez um jornal informativo, para todas as classes, com muito serviço, sempre nessa aposta no talento e o compromisso com a sociedade brasileira — afirmou José Roberto.

José Roberto Marinho, vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo e presidente da Fundação Roberto Marinho, lê discurso em Missa de Ação de Graças pelos 100 anos do Globo — Foto: Ana Branco
José Roberto Marinho, vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo e presidente da Fundação Roberto Marinho, lê discurso em Missa de Ação de Graças pelos 100 anos do Globo — Foto: Ana Branco

Ao fim da missa, João Roberto comentou a repercussão da edição histórica do GLOBO do último domingo, com 500 páginas:

— Essa edição foi incrível, o volume surpreendeu a nós todos. Nós fizemos um trabalho de planejamento da edição, de busca de materiais interessantes para discutir o jornalismo, o futuro do jornalismo. E o que nós recebemos de apoio, de parceiros, de anunciantes nossos da vida toda foi bem surpreendente. Foi muito prazeroso.

Ele também comentou a emoção da família durante a cerimônia e agradeceu a homilia de Padre Jorjão:

— A homilia do Padre Jorjão foi muito sensível, com uma compreensão fantástica do nosso papel. Foi muito emocionante ouvir as palavras dele, sempre nos inspiram. O nosso papel, o trabalho que a gente faz está ali muito bem representado na homilia dele. E gostei muito também da fala do José Roberto, que nós escalamos para nos representar. Ele resumiu muito bem o que foi a construção deste grupo empresarial, do jornal, das outras empresas do grupo, a parceria constante, fundamental da família, que são os acionistas que investem, que tomam risco, mas com todo um conjunto de colaboradores e profissionais que trabalham com a gente há tantos anos.

Constante transformação, mantendo os valores

Frederic Kachar, diretor-geral da Editora Globo e do Sistema Globo de Rádio, destacou o compromisso do veículo centenário em se atualizar e seu papel de noticiar com responsabilidade.

– É uma honra, antes de tudo, liderar a empresa onde o Grupo Globo se originou. Mas é também um senso de responsabilidade muito grande. A cada dia que a gente evolui como empresa, o sarrafo sobe, a gente vai se colocando desafios maiores para seguir numa jornada vitoriosa. Agradeço aos acionistas e parceiros, à equipe toda que é apaixonada por jornalismo e pela empresa. O trabalho feito neste centenário é resultado não só de talento, mas de paixão _ disse Kachar.

Segundo ele, para os próximos anos, os leitores podem esperar a continuidade dos valores do GLOBO, unidos à inovação.

– A gente vai seguir surpreendendo os leitores, que podem esperar uma disciplina enorme com a nossa essência, e com a consciência de que ela precisa se manifestar de maneiras diferentes, porque o mundo muda e muda muito rápido. Mantemos nosso compromisso com o jornalismo profissional, com a busca da verdade, e em ser uma instituição que gera confiança na sociedade, como fonte de informação, inspiração e entretenimento – destaca.

O diretor de Redação do GLOBO, Alan Gripp, destacou que O GLOBO acompanhou as mudanças do Brasil e do mundo ao longo dos anos, mantendo os valores, a credibilidade e a essência do jornal.

– Acho que o segredo do GLOBO é ser um veículo em constante transformação. Se não fosse assim, acho que a gente não estaria aqui comemorando 100 anos. Fizemos eventos especiais, dois livros, comemorações, e o maior jornal já feito na história do Brasil. Essa missa é uma coroação desse momento de grande celebração e emoção – afirmou Gripp.

O desafio para os próximos anos, segundo o diretor de Redação, é manter o diálogo com o leitor em uma realidade cada vez mais permeada pela inteligência artificial:

– A gente está construindo uma maneira de dialogar com o nosso leitor nesse mundo que está à beira de uma disrupção da inteligência artificial. Então, a gente tem que aprender, a gente olha a tecnologia sempre com muita paixão para se adaptar a ela e fazer com que ela seja uma aliada da informação de credibilidade, que é o que a gente tem.

Numa retrospectiva de capas históricas, ele destacou ainda a capa de aniversário, publicada nesta terça, que revisita a primeira página, de 29 de julho de 1925.

– É incrível imaginar como ela está atual. Na primeira manchete, a gente atentava para o fato de que os empresários de todo mundo estavam de olho nas riquezas da Amazônia, e ao refazer essa reportagem, a ente percebeu que isso é atualíssimo e está acontecendo exatamente agora, só que de uma maneira diferente, com outras riquezas sendo cobiçadas. O jornal se transforma, mas se atualiza com o tempo, e essa capa resume isso – comentou o diretor de Redação.

Cláudio Castro, governador do Rio, os diretores de Redação do Extra, Humberto Tziolas, e do Valor Econômico, Maria Fernanda Delmas, e o diretor executivo de Jornalismo da CBN, Pedro Dias Leite, e dezenas de funcionários e ex-funcionários que marcaram a trajetória do veículo também celebraram o centenário do GLOBO na cerimônia.

O Santuário Cristo Redentor também fará um tributo ao veículo nesta terça-feira, com o monumento sendo iluminado de azul, cor da identidade visual do jornal.

Padre Jorjão José Roberto, de 11 meses, o caçula da Família Marinho — Foto: Foto: Ana Branco / Agencia O Globo
Padre Jorjão José Roberto, de 11 meses, o caçula da Família Marinho — Foto: Foto: Ana Branco / Agencia O Globo

Homilia de Padre Jorjão em homenagem ao GLOBO

Ontem, dia do meu aniversário, minha família havia preparado um lanche com meus irmãos sacerdotes da paróquia. Quando foi preciso providenciar refrigerantes, minha irmã me pediu que fosse até a banca de jornal em frente à casa de nossa mãe. Ali, tive um pequeno choque de realidade. A banca, que um dia foi símbolo de acesso à informação, ainda vende jornais; mas eles já não ocupam o centro da cena. Estão lá, sim, mas discretos, ofuscados por outros produtos. O papel jornal resiste, quase como uma memória impressa de um tempo em que reinava absoluto.

Nos domingos de manhã, quando caminho para a missa das 10h, costumo passar por essa mesma banca às 9h, ainda fechada. Uma cena que, há poucos anos, seria impensável. Mas isso não quer dizer que os jornais deixaram de ser lidos. Na verdade, são lidos mais do que nunca, só que de outra forma. Minha família, que sempre assinou O GLOBO desde o tempo de meu pai, hoje o lê em formato digital. Os tempos mudaram. Os hábitos mudaram. A comunicação evoluiu. E O GLOBO também.

Sim, O GLOBO, fundado por Irineu Marinho e conduzido com coragem e genialidade por seu filho Roberto Marinho, já não está apenas nas bancas. Está no celular, no tablet, no site, nos aplicativos, nas redes sociais. A edição impressa ainda existe, e com prestígio, mas é a edição digital que hoje alcança o maior número de leitores em toda a sua história. E é preciso reconhecer: como tantas vezes em sua trajetória, O GLOBO foi pioneiro.

Hoje, o jornal é mais acessado do que nunca. Mas o segredo de sua longevidade não está apenas na tecnologia. Está na fidelidade à sua matéria-prima essencial: a comunicação confiável.

Vivemos em tempos em que até o dinheiro físico parece estar desaparecendo. Mas, como dizem os economistas, o que importa não é o papel-moeda, e sim o lastro que ele representa. Com a comunicação, acontece o mesmo: as formas mudam, mas a verdade continua sendo seu único valor duradouro.

E agora, já em plena era da inteligência artificial, enfrentamos o risco de que a mentira se apresente com aparência convincente, enquanto a verdade seja sufocada sob a máscara da falsidade. Por isso, mais do que nunca, o diferencial mais precioso de O GLOBO continua sendo aquele que o moldou desde sua primeira edição: o compromisso com o rigor, a responsabilidade, a escuta atenta e a fidelidade aos fatos…

Já em seu discurso inaugural, o Santo Padre Leão XIV justificava a escolha de seu nome como expressão de sua preocupação com os tempos que vivemos: uma nova era — a era da inteligência artificial. A tecnologia avança, os robôs escrevem, as máquinas interpretam. Mas a credibilidade continua sendo humana. Ela se constrói com integridade, discernimento e responsabilidade editorial. E, mais do que nunca, precisamos de faróis seguros neste vasto e imprevisível oceano digital. O GLOBO tem a oportunidade e a missão de ser esse farol: liderando com ética, ouvindo com atenção, apurando com rigor, esclarecendo com coragem. E, sobretudo, permanecendo fiel à sua origem popular e à sua vocação nacional.

Celebrar um centenário é, por isso mesmo, mais do que marcar uma data: é a oportunidade de revisitar a origem, reconhecer e valorizar a trajetória, e renovar a missão. Hoje, nesta celebração eucarística, rendemos graças a Deus por este jornal que, atravessando décadas, tecnologias e transformações, permanece fiel à sua vocação essencial: servir à sociedade com informação de qualidade.

Irineu Marinho (cujo nome significa “homem pacífico”) não foi pacífico no sentido da passividade ou do silêncio. Sua paz era feita de integridade e firmeza. Lembremos a antiga máxima latina: “Si vis pacem, para bellum”: se queres a paz, prepara-te para a guerra. E Irineu enfrentou suas batalhas: a dor da traição de um amigo, o desafio de começar algo novo depois desta amarga decepção, a coragem de deixar um legado duradouro. Sua vida foi breve, mas não inacabada.

Quando Irineu partiu, seu filho Roberto ainda era muito jovem. Poderia ter-se deixado vencer pela dor ou pelo peso da responsabilidade. Mas, ao contrário, assumiu com determinação o sonho do pai, e o ampliou. Fez dele um projeto de vida, transformando um ideal em realidade. E o fez com brilho e discrição, sem ruído, mas com firmeza. Seu nome, “Roberto”, de origem germânica, significa “brilhante”, “ilustre”, e assim ele foi: uma luz na comunicação, um construtor de credibilidade, um visionário que fez da palavra uma ponte com o futuro.

Roberto soube ouvir. Soube dar voz. Soube transformar leitores em ouvintes, e ouvintes em telespectadores. Mas acima de tudo, soube preservar aquilo que nem o tempo nem a tecnologia podem roubar: a confiança.

Hoje, celebramos O GLOBO como herdeiro dessa fidelidade.

Desde os éditos dos imperadores até os editais reais colados nas portas dos palácios ( onde se anunciava o nascimento de príncipes ou a morte de reis ), passando pela fumaça branca que proclama ao mundo a escolha de um novo Papa, a história sempre precisou de fontes confiáveis de informação. E o povo, quase sempre, soube reconhecê-las.

Assim também é com O GLOBO. Fundado há um século, em 1925, por Irineu Marinho, sua origem carrega em si um sinal de escuta: como sabemos, o nome do jornal foi escolhido pelo povo, em uma consulta popular. Desde o princípio, O Globo nasceu ouvindo.

Esse detalhe, aparentemente pequeno, é, na verdade, um símbolo. Ouvir é o primeiro ato da comunicação verdadeira. É também o primeiro gesto da fé: “Ouve, Israel!” – grita a Escritura. O mesmo imperativo ecoa na vocação do jornalismo que deseja servir à sociedade. Ouvir o povo, seus anseios, suas perguntas, suas dores. O Globo nasceu assim. E é isso que o torna, ainda hoje, tão profundamente necessário.

Ao assumir a obra de seu pai, o jovem Roberto Marinho não apenas a continuou. Ele entendeu que “os olhos da Comunicação devem sempre estar voltados para o futuro”.

No auge do rádio, quando a palavra reinava sozinha, O Globo ousou apostar na imagem. Fotografias passaram a dizer o indizível, como se o jornal proclamasse: “A verdade também se vê.” Era o pressentimento de que comunicar é tocar todos os sentidos. Hoje, ao olharmos para trás, reconhecemos ali uma escolha visionária; uma decisão que ajudou a moldar o estilo do jornal: direto, visual, acessível e, ao mesmo tempo, profundo.

Nos dias de hoje, em que a informação circula à velocidade da luz e as vozes se multiplicam ao ponto da confusão, o compromisso com a verdade tornou-se não apenas nobre, mas vital. O evangelho que ouvimos nesta liturgia nos recorda a essência da missão: “Não fostes vós que me escolhestes, fui eu que vos escolhi, para que deis fruto e o vosso fruto permaneça” (Jó 15,16). Frutos que permanecem são aqueles que nascem do amor à verdade. E é essa fidelidade que torna O Globo uma árvore enraizada na história brasileira.

A fidelidade à verdade, porém, não é neutra. Ela exige coragem. Coragem para contrariar interesses, para enfrentar poderosos, para não se vender à lógica fácil da popularidade ou do algoritmo. O jornal que quer ser ponte e não muro, como dizia o nosso querido Papa Francisco; luz e não ruído, precisa mais do que repórteres: precisa de testemunhas. E isso O Globo tem sido, ao longo de sua história.

A missão da imprensa digna não é outra senão esta: ser mensageira da paz, proclamadora de boas novas. Mas “boas novas” não são apenas boas notícias — são verdades que libertam. E nem sempre são confortáveis.

A carta de São Paulo aos Colossenses que acabamos de ler, em alguns versículos antes (2,6-15) nos dá uma última chave: “Permanecei enraizados em Cristo, firmes na fé… cuidai para que ninguém vos enrede com filosofias vãs.”

Trazendo isso ao nosso tempo, poderíamos dizer: cuidai para que ninguém vos enrede com fake news, com manipulações, com narrativas sem alma. A resistência à mentira é, hoje, um ato de fé e um serviço público. O jornalismo autêntico é também um antídoto espiritual contra a alienação.

Por tudo isso, celebramos hoje com reverência e esperança.

Reverência por uma história que nos formou. Esperança por um futuro que ainda precisa ser iluminado. O Globo chega aos 100 anos como uma instituição da República, uma trincheira da liberdade, um serviço ao povo brasileiro.

E como toda boa árvore, que dê ainda muitos frutos — frutos que permaneçam.

Por isso, nesta celebração, rendemos graças a Deus por estes 100 anos de O GLOBO.

E pedimos que o Espírito Santo, aquele que é chamado de Espírito da Verdade, continue inspirando os profissionais que hoje carregam essa missão.

Que o jornal de Irineu, de Roberto e da nossa querida Família Marinho — e por que não dizer de todos os profissionais que fazem parte da grande Família Globo (e de todos nós, seus leitores, afinal o Globo faz parte de nossa vida)? — permaneça fiel ao seu DNA, mas nunca deixe de se renovar.

Porque o tempo passa, as ferramentas mudam, mas a missão permanece: informar com responsabilidade, ouvir com atenção, publicar com coragem.

E que todos os que leem, ouvem e compartilham O GLOBO possam encontrar nele não apenas notícias, mas um farol de consciência e esperança.

Transcorridos cem anos, O GLOBO continua sendo mais que um jornal, é um capítulo vivo da história brasileira. Num mundo em busca de voz e rumo, que O GLOBO continue sendo bússola, não de certezas fáceis, mas de verdades responsáveis.

Vida longa ao jornal que, há cem anos, escuta o Brasil para contá-lo ao mundo. Que siga firme, onde houver a notícia; e onde for preciso coragem. E que sua luz, acesa há cem anos, continue a atravessar o tempo com a mesma fidelidade que o fez nascer. Amém.



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