O corre de uma vencedora de São Gonçalo

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Bruna Batista da Silva, de 34 anos, mãe de Miguel, de 6 anos, tem uma rede de apoio maravilhosa: sua mãe e a ex-sogra. Mulheres sempre foram essenciais na vida desta grande vencedora de São Gonçalo.
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— São fundamentais para que eu consiga continuar me desenvolvendo, para que eu consiga trabalhar tranquilamente, consiga estudar — diz ela.
Bruna mora no bairro gonçalense do Zumbi, mas já viveu na capital do Rio, onde trabalhou no Sheraton Barra. Na semana passada, retornou à cidade para buscar seu prêmio numa cerimônia do Gastronomia Preta 2025, na qual venceu na categoria Gestora. O troféu foi comemorado também pela mãe e pela ex-sogra, além de representar outras mulheres trabalhadoras da cidade.
Encerrado no domingo passado, o Festival Gastronomia Preta reuniu cerca de 60 mil pessoas na área externa do CCBB e na Praça da Pira, no Centro do Rio, em três dias de celebração da cultura, dos sabores e do protagonismo negro.
— Ao todo, foram movimentados R$ 1,6 milhão na economia fluminense, sendo R$ 277,6 mil em vendas diretas na feira gastronômica, uma receita média de cerca de R$ 8,7 mil por expositor — conta Breno Cruz, professor da UFRJ e idealizador da iniciativa.
A premiada lembra que, com a descoberta dos talentos para a cozinha, viu sua autoestima aumentar:
— Vivi um caso de amor com a hotelaria desde o começo, um caso muito visceral com alimentos e bebidas que persiste até hoje. Dá vontade de fazer as coisas acontecerem. De crescer — vibra a moradora de São Gonçalo.
Bruna cursa administração na UFRJ e trabalha em dois hotéis: Novotel e Ibis, na operação de alimentos e bebidas de ambos.
— Até isso acontecer, eu tinha entrado num quadro de ansiedade e depressão, porque eu achava que não era boa o suficiente. Também levei tempo para entender que aquilo que eu passava era fruto do preconceito que existia.
Ela passou por julgamentos e sofreu preconceito na carreira:
— Era importante compreender quais eram os meus desafios, como mulher, como mãe, como uma mulher preta, com minhas características. Eu nunca abri mão disso. Ouvi coisas na trajetória como “por que você não alisa seu cabelo?”, “olha, você tem que usar mais maquiagem”, “você tem que sorrir mais”… — lembra.
Nessa caminhada, surgiu outra paixão: os vinhos. Ela foi bolsista na Associação Brasileira de Sommelier.
— Conheci a hotelaria através de um curso de inglês, que na época os meus avós pagaram para mim. Olha como tudo dá suas voltas!



Com informações da fonte
https://extra.globo.com/rio/cidades/sao-goncalo/noticia/2025/11/o-corre-de-uma-vencedora-de-sao-goncalo.ghtml

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