O projeto que propõe a remodelação das regras para construções de moradias do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), que foi aprovado em definitivo na última terça-feira (9), pela Câmara do Rio, vai provocar uma revolução na construção de moradias populares na cidade do Rio.
O Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-Rio) fez um levantamento com as principais empresas que atuam neste segmento e mapeou as oportunidades de novos projetos inseridos no programa. Só na Zona Norte, serão quase 30 mil unidades a mais nos próximos anos, em bairros como Andaraí, Bonsucesso, Cachambi, Cordovil, Engenho de Dentro, Olaria, Thomas Coelho e Vila da Penha.
“A legislação recém aprovada na Câmara para regulamentar questões relativas ao Minha Casa Minha Vida são de fundamental importância para retomarmos o crescimento desse segmento no mercado imobiliário do Rio”, comemora Claudio Hermolin, presidente do Sinduscon.
Leonardo Mesquita, presidente eleito da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário no Rio (Ademi-RJ), concorda.
“Melhora muito as condições para as construções na Zona Norte e o Centro, é um grande incentivo para esses lugares. Traz um modelo de casas simplificado para a Zona Oeste também. Melhora muito o aproveitamento do terreno”, diz Leonardo, que também é vice-presidente da Cury Construtora e Incorporadora, uma das gigantes do setor.
Segundo Leonardo Mesquita, o efeito será imediato.
“A Cury, por exemplo, ia lançar um projeto na Zona Norte; e agora a previsão é de lançar quatro”.
Nova legislação para o Minha Casa Minha Vida incentiva a construção de loteamentos populares
Um ponto resolvido com a nova legislação foi a divergência de entendimento que existia entre as aprovações e melhorias feitas no Plano Diretor e a antiga Lei 97, que regulamentava o MCMV na cidade.
“Com esse entendimento, certamente teremos um crescimento no volume de empreendimentos lançados dentro do Minha Casa Minha Vida na Zona Norte da cidade. Outro ponto importante dessa lei foi voltar com o incentivo aos loteamentos populares em toda a cidade, principalmente, na região da Zona Oeste. Na nossa visão, a falta de incentivo aos loteamentos populares foi historicamente uma das grandes causas do crescimento, do avanço, das construções irregulares na cidade”, completou Hermolin.

