Nova Iguaçu terá R$ 49 milhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a construção de piscinões que vão ampliar a capacidade de drenagem da cidade, reduzindo alagamentos e protegendo a população durante o período de chuvas de verão. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (18), em Brasília, durante encontro do prefeito Dudu Reina (PP) com o presidente Lula (PT), na cerimônia de lançamento dos projetos habilitados de drenagem e contenção de encostas.
Para o prefeito, a inclusão da proposta de Nova Iguaçu representa um avanço decisivo para o município.
“Com a construção dos piscinões, vamos ampliar a capacidade de drenagem em diversos pontos da cidade e reduzir os riscos de alagamento. Essa é uma conquista muito importante para o povo iguaçuano, fruto da parceria entre a Prefeitura e o Governo Federal”, destacou.
As obras vão possibilitar a retenção de grandes volumes de água, diminuindo os impactos das enchentes em áreas críticas e garantindo mais segurança para milhares de moradores. O recurso integra um pacote federal de infraestrutura urbana destinado a municípios que enfrentam desafios relacionados a enchentes e mudanças climáticas.
O próximo passo será a realização de estudos técnicos e de planejamento. A previsão é que os piscinões sejam construídos em trechos da Via Light que cortam bairros afetados por enchentes, como Centro, Luz, Santa Eugênia, Ouro Verde, Valverde, Jardim Nova Era e outros, além do Aeroclube. Os projetos executivos serão elaborados pela Coppe e pela Fundação Universitária José Bonifácio, ambas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A expectativa é de que as obras tenham início no primeiro semestre de 2026.
Outras ações da Prefeitura de Nova Iguaçu contra as cheias
A iniciativa se soma às ações já realizadas pela Prefeitura de Nova Iguaçu na prevenção de enchentes. Desde 2021, o Rio Botas passou por obras de canalização, que ampliaram a calha de sete para 14,5 metros em um trecho de 1,4 km entre a Rua dos Quartéis e a Avenida Bernardino de Melo, além de aumentar a profundidade de 1,5 para 4 metros. Para viabilizar o serviço, a Secretaria municipal de Infraestrutura removeu quase 400 construções irregulares às margens do rio, reassentou 335 famílias em novas moradias e indenizou outras 61. Paralelamente, a prefeitura realizou a limpeza de rios, canais e bueiros.
A eficiência plena da canalização do Botas, no entanto, depende da execução do Projeto Iguaçu, orçado em R$ 1 bilhão, que necessita da participação do Estado e da União. O plano prevê a construção de barragens e reservatórios, entre outras intervenções estruturais, com o objetivo de conter o transbordamento do rio. A obra deverá contemplar a região desde a foz na Baía de Guanabara, em Duque de Caxias, passando por Belford Roxo até Nova Iguaçu, beneficiando cerca de três milhões de pessoas em seis municípios da Baixada Fluminense.