Motorista capota carro com 438 kg de maconha na BR e caso remete ao ‘verão da lata’ de 1987

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Caso aconteceu no Paraná nessa quinta (21)

min de leitura | Escrito por Redação | 22 de agosto de 2025 – 13:18
Com o impacto, tabletes de maconha ficaram espalhados pela pista

Com o impacto, tabletes de maconha ficaram espalhados pela pista –

Um jovem de 18 anos foi preso em flagrante nessa quinta-feira (21) após capotar o carro que dirigia e espalhar mais de 400 quilos de maconha na BR-376, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele trafegava na contramão e realizou manobras perigosas para tentar escapar da abordagem.

O veículo colidiu com um barranco e capotou próximo ao km 472 da rodovia. Com o impacto, tabletes de maconha ficaram espalhados pela pista. O motorista foi socorrido e encaminhado a um hospital da região. A PRF informou que ele não possuía habilitação e já havia sido apreendido em fevereiro deste ano, quando ainda era menor de idade, também por tráfico de drogas.

Foram apreendidos 438 quilos de maconha nesta ocorrência. O jovem responderá por tráfico, condução perigosa e dirigir sem habilitação. Ainda de acordo com a PRF, essa é a segunda vez que o jovem foi detido em 2025; em fevereiro, com 17 anos, ele foi apreendido pelo mesmo crime.

Quando o tráfico virou “verão da lata”

O episódio remete inevitavelmente a outro caso que marcou o noticiário brasileiro: o chamado “verão da lata”, em 1987. Na ocasião, mais de 22 toneladas de maconha, embaladas em cerca de 14 mil latas metálicas, foram lançadas ao mar pelos tripulantes do navio Solana Star, quando a embarcação foi interceptada por uma operação conjunta da Marinha e da Polícia Federal.

Arrastadas pelas correntes marítimas, as latas foram parar em praias do Rio de Janeiro, São Paulo e até Santa Catarina. Surpreendidos, pescadores e banhistas encontraram os recipientes, que rapidamente se espalharam pelo imaginário popular. Sambas de carnaval, crônicas e até a música “Veneno da Lata”, de Fernanda Abreu, eternizaram o episódio.

Apesar de separados por quase quatro décadas, os dois episódios revelam a permanência da maconha como produto central na logística do tráfico. Se no passado as latas que chegavam às praias provocaram um misto de curiosidade e consumo difuso, hoje os flagrantes em rodovias expõem a banalização do transporte de grandes cargas de drogas, muitas vezes realizado por jovens aliciados pelo crime organizado. 

Segundo especialistas, ambos os casos também mostram a dificuldade histórica das autoridades em conter a circulação da maconha. 


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2025-08-22 10:18:00

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