Missa: Viaturas tomam Cinelândia em homenagem a policiais mortos em megaoperação

Tempo de leitura: 5 min




Nesta terça-feira, o Theatro Municipal recebe uma missa de sétimo dia em homenagem aos quatro policiais assassinados durante a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, que terminou com 121 mortos. Antes da solenidade, a praça da Cinelândia, no Centro, já estava tomada por viaturas de colegas dos agentes. Dezenas de policiais e bombeiros acompanham a missa.
Ele se iludiu, entendeu?, diz pai de adolescente que está na lista de suspeitos mortos em operação
Saiba mais: Sete chefões do tráfico do Rio continuam em Bangu devido à burocracia de transferência para presídio federal
O Secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, em discurso na missão de sétimo dia da morte de policiais durante megaoperação no Rio
Felipe Grinberg
Quem são os quatro policiais mortos na megaoperação
Cleiton Serafim Gonçalves. PM de 42 anos; Heber Carvalho da Fonseca. PM de 39 anos; Marcos Vinicius Carvalho. Policial civil; Rodrigo Cabral. Há dois meses na Polícia Civil
Reprodução
Há apenas dois meses na corporação, Rodrigo Cabral estava lotado na 39ª DP (Pavuna), era considerado um profissional promissor. Durante o confronto, ele levou um tiro na nuca e não resistiu aos ferimentos. Nas redes sociais, o policial compartilhava momentos de sua vida fora do trabalho Em quase todas as fotos, aparecia sorridente, cercado pela família: viagens com a esposa e a filha, brincadeiras com elas e idas ao estádio Nilton Santos para acompanhar o Botafogo, time do coração.
Rodrigo era descrito pela esposa como o melhor pai, marido e amigo. Em fevereiro de 2024, ela publicou um vídeo e uma homenagem pelos 16 anos de relacionamento. A mensagem, acompanhada de fotos do casal e da filha, ganhou novo peso após a notícia da morte.
“Hoje sinto vontade de agradecer. Agradecer a você, a Deus, à vida, ao universo pelos últimos 16 anos que vivemos juntos. Nossa vida juntos é muito mais do que alguma vez sonhei ter, e tudo que já compartilhamos deixa meu coração orgulhoso. Me sinto muito abençoada por ter você ao meu lado. Te amo, e vou te amar para sempre! Disso pode ter certeza, e cada dia que passa amo mais e mais.”, disse a esposa naquela postagem.
Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, conhecido entre colegas como Máskara, apelido pelo qual era amplamente conhecido, tinha uma longa carreira na Polícia Civil e recentemente assumiu uma das chefias da 53ª DP (Mesquita). Ele estava há 20 anos nos quadros da corporação e era muito respeitado entre colegas pela atuação no enfrentamento ao crime organizado, costumava participar diretamente das operações em campo, mesmo ocupando cargo de chefia.
Leia também: PF afasta três policiais federais e um PM, suspeitos de extorsão, e prende empresário envolvido no esquema com distintivo falso e carro blindado
Ele foi atingido na cabeça. Um áudio gravado por uma policial que o socorria na favela mostra o cenário de guerra que os agentes enfrentaram. Em meio ao som de tiros e explosões, ela comunicou à corporação que Marcus Vinicius havia sido baleada. Ele foi levado ao Hospital estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu.
“Galera, o Maskara foi baleado na cabeça, a gente tá preso aqui na favela, estou pedindo prioridade. Tem que dar uma atenção, é sério, o Maskara foi baleado na cabeça, disse a policial.
Também experientes, os sargentos Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca eram policiais militares há 17 e 14 anos, respectivamente. Lotados no Batalhão de Operações Especiais (Bope), eles chegaram a ser socorridos com vida, mas não resistiram aos ferimentos. Serafim tinha 42 anos e deixa uma esposa e filha. Já Heber, tinha 39 anos e deixa a esposa, dois filhos e um enteado. Nas redes sociais, o Bope lamentou a mortes dos policiais.
“Dedicaram suas vidas ao cumprimento do dever e deixa um legado de coragem, lealdade e compromisso com a missão policial militar”, diz o comunicado.
Initial plugin text



Com informações da fonte
https://extra.globo.com/rio/casos-de-policia/noticia/2025/11/missa-viaturas-tomam-cinelandia-em-homenagem-a-policiais-mortos-em-megaoperacao.ghtml

Compartilhe este artigo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *